São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997
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Abandono marca principais rodovias do Sul

CARLOS ALBERTO DE SOUZA

CARLOS ALBERTO DE SOUZA; FERNANDO MENDONÇA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Os caminhões e carros que percorrem o caminho mais curto entre São Paulo e Buenos Aires, as duas maiores capitais do Mercosul, são obrigados a enfrentar a BR-472, praticamente destruída, que atravessa parte da fronteira oeste do Rio Grande do Sul.
Em dois trechos dos 186 km entre São Borja e Uruguaiana, municípios gaúchos que fazem divisa com as cidades argentinas de Santo Tomé e Paso de los Libres, respectivamente, o asfalto praticamente sumiu, dando lugar ao chão batido.
A estrada, que também desce até a fronteira com o Uruguai, é cheia de buracos, e no lugar onde seria o acostamento nasceu mato. Em grande parte de sua extensão, não há sinalização na pista.
"O trecho da BR-472 entre Uruguaiana e São Borja é o pior que existe nos 1.500 km que separam Buenos Aires de São Paulo", disse à Agência Folha o motorista de caminhão João Alberto Bairros, 29.
O percurso alternativo entre a Argentina e o Brasil é a BR-290, em bom estado para os padrões brasileiros, mas torna a viagem cerca de 200 quilômetros mais longa.
Como o governo federal alegava não dispor de recursos para consertar a BR-472, o governo estadual decidiu assumir a rodovia, no início do ano. Agora o DNER promete restaurá-la ao custo de cerca de R$ 20 milhões.
Paraná
Os 84 km da segunda estrada mais importante do Paraná formam o trecho de rodovia mais esburacado do Estado.
O trecho integra a BR-277 (Curitiba-Paranaguá), de 681 quilômetros, ligando o litoral paranaense a Foz do Iguaçu, oeste do Paraná.
A rodovia passa por importantes cidades paranaenses, como Irati, Guarapuava e Cascavel, e é fundamental para o escoamento da produção agrícola e industrial paranaense pelo porto de Paranaguá.

Colaborou Fernando Mendonça, da Agência Folha, em Paranaguá

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