São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997
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Paralisia em inspeções é apurada

AURELIANO BIANCARELLI; RENATO KRAUSZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Na outra frente dessa "guerra", um dossiê de Dalton Chamone denuncia a interrupção das inspeções nos bancos de sangue pela Secretaria da Vigilância Sanitária.
O dossiê também é rebatido: bancos de sangue privados, vigilâncias sanitárias dos Estados e hemocentros consultados pela Folha garantem que a rotina das inspeções continua sendo cumprida.
Só os serviços de epidemiologia -que registram os casos de contaminação- poderão confirmar ou desmentir as acusações de Chamone. Isso pode demorar meses.
Até lá, pouca coisa a Procuradoria da República poderá fazer.
A diretora do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo, Marisa Lima Carvalho, diz que as inspeções dos bancos de sangue do Estado são feitas sem interrupção desde os anos 80.
O diretor do Centro de Hematologia de São Paulo, banco de sangue privado, diz que, só este ano, já ocorreram duas inspeções no centro.
"Quando assumimos em 95, tínhamos uma vigilância pouco atuante. Hoje, as inspeções ocorrem com absoluto rigor", diz a diretora do Hemorio (Hemocentro do Rio de Janeiro), Clarisse Lobo.
O procurador da República em São Paulo Marlon Alberto Weichart é responsável pela representação que apura as denúncias de Chamone.
"As denúncias são fortes, mas ainda não muito claras para a abertura de um inquérito", afirma Weichart.
(AB e RK)

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