São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997
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Mortes em 14 anos ultrapassam o Vietnã

MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os homicídios na Grande São Paulo entre 1984 e 1996 já somam mais de uma guerra do Vietnã.
Na guerra entre Estados Unidos e Vietnã, morreram ou desapareceram 60 mil norte-americanos entre 1964 e 1973.
Em São Paulo, as vítimas de homicídio intencional somam 69.700 nos últimos 13 anos. A média anual de mortos no Vietnã é maior (5.800 contra 4.979), mas São Paulo não está em guerra.
O aumento da violência na Grande São Paulo é uma tendência que remonta aos anos 80.
O número de furto e roubo de veículos foi o que teve o maior salto entre 1984 e 1996.
Enquanto a frota nacional cresceu cerca de 35% nesse período, os furtos e roubos aumentaram 130% -de 133 veículos roubados, em média, por dia, a 307.
Homicídios ocupam o segundo posto em aumento (122,6%) nas quatro categorias de crimes. Eram 3.516 em 1984 e subiram para 7.829 no ano passado.
O maior aumento ocorreu no governo Quércia, de 1987 a 1990. Nesses quatros anos, os homicídios cresceram 23,6% na Grande São Paulo. O governo Fleury, com um aumento de 19,4%, é o segundo do ranking.
Nos dois primeiros anos do governo Covas, o número absoluto de homicídios bateu recordes históricos, mas o crescimento entre 1995 e 1996 foi de 6,4%.
O número de roubos passou de 58.970 em 1984 para 84.235 em 1996 -ou 42,8% a mais.
Furto é a única categoria de crime em que houve um recuo nesse período. Em 1984, a polícia registrou 124.089. Ano passado, foram 110.911, uma queda de 10,6%.
(MCC)

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