São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997 |
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Cresce a participação do capital privado
MAURO ARBEX
A Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base) prevê que esse percentual passe para 70% em 98 e continue a evoluir nos anos seguintes. "Em 96, essa relação era de 70% estatal e 30% privado. Está havendo agora uma migração para o capital privado", afirma José Augusto Marques, presidente da Abdib. No próximo ano, os investimentos em infra-estrutura -como energia, telecomunicações, petróleo e gás e transportes- já devem chegar a US$ 20 bilhões, o dobro da média anual aplicada nos anos 70 (US$ 10 bilhões), quando a economia teve forte expansão, conforme levantamento da entidade. "Ainda é pouco, porque em dez anos, de 1983 a 1993, quase nada foi investido, o que acabou provocando crises nas áreas de energia elétrica e transporte, por exemplo", afirma Marques. A faixa de US$ 20 bilhões de investimentos anuais deve manter-se, na avaliação da Abdid, pelo menos até o ano 2002. "Até lá, devemos recuperar o tempo perdido. Depois, serão mais investimentos de manutenção dos equipamentos, menos significativos." O presidente da Abdib lembra que os países asiáticos, com infra-estrutura menor que a do Brasil, chegaram a investir no setor até US$ 50 bilhões por ano. As áreas de geração (usinas hidrelétricas e térmicas) e transmissão de energia são as que vêm concentrado o maior volume de novos projetos no Brasil, segundo a Abdib. Em seguida, estão petróleo e gás e saneamento ambiental, este último ainda quase só estatal. Em telecomunicações, estimativas do governo são de investimentos num prazo de nove anos de cerca de US$ 90 bilhões. Entre as indústrias de base, os principais investimentos são em papel e celulose, siderurgia e petroquímica. Texto Anterior: Empresa reduz capacidade ociosa Próximo Texto: Fundição recupera os empregos perdidos Índice |
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