São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997
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Empresa reduz capacidade ociosa

MAURO ARBEX
DA REPORTAGEM LOCAL

A retomada das obras de infra-estrutura no país melhorou a situação das empresas que fornecem equipamentos sob encomenda para grandes projetos, mas ainda não se refletiu em investimentos pesados dessas indústrias.
"O que está havendo é uma redução de nossa capacidade ociosa", afirma Atilano De Oms, presidente do grupo Inepar, do Paraná, um dos maiores fabricantes nacionais de equipamentos para os setores de energia e telecomunicações.
O grupo, que tem hoje cerca de US$ 2,3 bilhões de encomendas em sua carteira, diante de US$ 450 milhões em junho de 96, está operando as suas unidades de equipamentos para transmissão de energia com plena capacidade. "Quando adquirimos a empresa Sade/Vigesa, no final do ano passado, a fábrica de equipamentos para transmissão que incorporamos com a compra estava com 80% de ociosidade", diz De Oms.
Hidrogeração
A unidade de equipamentos para hidrogeração também vem produzindo mais. A previsão da empresa é trabalhar com 80% da capacidade em 98, diante de 60% na metade do ano passado.
A ABB, que faturou no ano passado quase US$ 900 milhões, também vem aumentando a fabricação de equipamentos.
As unidades de geração de energia e de transmissão e distribuição operam hoje com 70% e 75% de suas capacidades, respectivamente, ante 50% e 60% há um ano, segundo José Augusto Marques, vice-presidente da ABB.
A Confab Industrial, que venceu licitação para o fornecimento de tubos destinados ao gasoduto Brasil-Bolívia, estava operando em junho com 79% de sua capacidade.
"Temos condições de produzir 500 mil toneladas anuais de tubos, mas nunca operamos com a capacidade total", diz Dairson Tulmann, diretor financeiro da Confab. Aproximadamente 30% da produção da empresa se destina à exportação e os restantes 70% são comercializados no mercado interno.
(MA)

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