São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997
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Total supera US$ 7 bi, mas atrasos caem

ISABEL VERSIANI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A maior parte das dívidas que o Brasil tem a receber de outros países diz respeito a financiamentos concedidos pela extinta Finex (programa público de financiamento às exportações), na década de 70, a importadores de produtos brasileiros.
Segundo a coordenadora-geral de Créditos Externos do Ministério da Fazenda, Ceres Cerqueira, a maioria dos empréstimos foi feita para viabilizar as exportações de empresas de construção civil e bens de capital.
Apesar da dificuldade de receber o pagamento dos países que têm direito a abatimento, o país tem conseguido bons avanços na recuperação de seus créditos.
Tesouro
O total a receber do exterior é de US$ 7,696 bilhões. O maior devedor é a Polônia. Em 1992, sua dívida foi consolidada em US$ 3,7 bilhões. Desde então, aquele país tem pago suas obrigações em dia.
Nigéria
O grande inadimplente com o Brasil hoje é a Nigéria.
A Folha apurou que o Brasil calcula a dívida da Nigéria em cerca de US$ 37 milhões.
O governo nigeriano, entretanto, não reconhece essas obrigações e se recusa a negociar bilateralmente com o governo brasileiro.
Depois de acertados no Clube de Paris, entidade internacional que reúne os governos credores, os pagamentos das dívidas dos países são negociados bilateralmente entre credores e devedores.
No Brasil, esse trabalho de negociação entre os países credores e devedores fica a cargo do Comace (Comitê de Avaliação de Créditos ao Exterior), ligado à pasta do ministro Pedro Malan (Fazenda).

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