São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Compromisso com os cidadãos do futuro

CARLOS EDUARDO MOREIRA FERREIRA

O respeito aos direitos da criança é uma prioridade nacional, que exige engajamento efetivo e permanente de todos os setores da sociedade brasileira.
Nessa perspectiva, o Dia das Crianças é uma data importante para realçar o compromisso, ao qual não podemos nos furtar, em favor dos cidadãos do futuro. É também uma oportunidade para fazer um balanço sobre o que está sendo desenvolvido nessa área pelas entidades da indústria paulista.
Hoje, felizmente, há inúmeras maneiras de ajudar, incentivar e educar as crianças brasileiras. A prioridade deve ser, naturalmente, a infância abandonada -talvez o pior pesadelo social que possa pesar sobre uma nação.
Acreditamos ser obrigação moral garantir condições básicas de vida a quem não tem como se proteger. Por isso, temos insistido em sensibilizar e convocar autoridades e a sociedade civil no sentido de incorporar às novas gerações de cidadãos brasileiros os menores que hoje se encontram marginalizados.
A Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo têm agido em todas as frentes para colocar a criança e o adolescente no foco das atenções da sociedade. A começar pelos 32 Centros de Educação Infantil do Sesi, que atendem a mais de 10 mil alunos, e pelos 185 Centros Educacionais, com 130 mil estudantes nos cursos de ensino fundamental regular.
As crianças também estão incluídas no contingente de centenas de milhares de alunos do ensino à distância proporcionado, em todo o Brasil, pelo Telecurso 2000, desenvolvido em parceria com a Fundação Roberto Marinho.
Os programas de educação permanente mantidos pelo Sistema Fiesp incluem, ainda, o trabalho altamente qualificado do Senai -instituição em que mais de 1 milhão de alunos são encaminhados todos os anos para a vida profissional.
Desde a sua fundação, em 1942, o Senai de São Paulo formou mais de 10 milhões de alunos. Metade desse contingente foi formada a partir de 1992, em uma demonstração do esforço crescente das nossas entidades para oferecer aos jovens uma educação profissional adequada.
Mas sabemos que isso não basta. Por meio de inúmeros convênios com o poder público, outros programas voltados para crianças e adolescentes estão disseminando o ensino e a preparação para a vida.
Deduzir até 1% do Imposto de Renda devido e canalizar esses recursos para os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente é uma ação de cidadania, que está sendo fortemente estimulada pela Fiesp/Ciesp.
A lei nº 8.069 permite que as verbas dos conselhos sejam administradas e fiscalizadas pelos principais envolvidos no programa -os doadores e o poder público municipal. É um trabalho que conta com a orientação e o apoio do Grupo de Ação Social do Sistema Fiesp.
Além disso, investimos em iniciativas de grande envergadura com outras instituições, como é o caso da TV Futura, canal privado voltado para educação e cultura com 16 horas diárias de programação, no ar desde 22 de setembro.
O objetivo é contribuir para a formação educacional e possibilitar o acesso ao conhecimento, visando o desenvolvimento das capacidades básicas de iniciativa do cidadão e sua participação social. A criança, evidentemente, é um dos principais focos da TV Futura.
Acreditamos que todas essas ações ajudam a forjar o caráter e o espírito cívico das novas gerações, capacitando-as a enfrentar de cabeça erguida e no rumo certo os desafios do próximo século. O que o Brasil mais precisa é de cidadãos no pleno exercício de seus direitos e conscientes de seus deveres para com a sociedade.

Texto Anterior: Bem-vindo, presidente
Próximo Texto: Papa; Piada; Rumo ao Primeiro Mundo; Armas a bordo; Que Masp queremos?; A parte e o todo; Solidariedade; Cara-de-pau; Contrato justo; Viajante; Frei Betto
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.