São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997
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Valorizando a derrota; Mais gogó do que fatos; O que o PT perdeu; Medo do fim do milênio; Forte, mas nem tanto; Vai cair da cama; Ver para crer; Idéias muito persuasivas; Sem ficha para o jogo; Trauma de 94; Pensamento congelado; Judiciário indeciso; Pauta fotográfica; Ira; Porrete franciscano

Valorizando a derrota
O choro do PFL por ter perdido uma das vagas na Anatel tem alvo certo: tentar evitar que o grupo tucano de FHC domine também a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Mais gogó do que fatos
O PMDB governista, que faz reunião de caciques na quarta, em Brasília, tenta vender a FHC uma mercadoria que ainda não sabe se poderá entregar. O apoio ao tucano precisa ser definido em convenção, instância na qual o grupo teme não estar em maioria.

O que o PT perdeu
Erundina (PSB) é o bicho-papão em pesquisas de deputados sobre os candidatos mais fortes a uma vaga na Câmara pela região metropolitana de São Paulo. Teria o dobro de Celso Russomano (PPB), o deputado federal mais votado em 94 (223 mil votos).

Medo do fim do milênio
Deputados encomendaram pesquisa sobre os problemas da Grande São Paulo. Ganha disparado o desemprego. Depois, vêm saúde e segurança. Avaliações do Planalto mostram o desemprego como o maior obstáculo a FHC nas áreas metropolitanas.

Forte, mas nem tanto
ACM (PFL-BA) tentou acabar com as emendas individuais na Comissão do Orçamento. Desistiu quando foi avisado de que os parlamentares queriam mesmo era aumentar o valor de R$ 1,5 milhão por congressista.

Vai cair da cama
A cúpula do PFL aguarda só o momento apropriado para desfazer um sonho em São Paulo: a rica pré-candidatura a governador de Agripino Lima, aquele que compra jatinho sem pagar imposto, abusando da isenção fiscal para as universidades.

Ver para crer
Edmar Bacha, que esteve com deputados na casa de José Aníbal semana passada, prevê que em 99 o câmbio não estará mais sobrevalorizado e que os juros cairão fortemente. O economista, que é um dos pais do Real, fará várias palestras na Europa.

Idéias muito persuasivas
O poder de fogo da candidatura de Carlos Eduardo Moreira Ferreira (Fiesp) à Câmara está assustando pefelistas de São Paulo. Ele já teria 60 dobradinhas acertadas com candidatos a deputado estadual. E poderia gastar até R$ 12 mi na campanha.

Sem ficha para o jogo
Romeu Tuma (SP) avisou à cúpula pefelista que não deve insistir em sua candidatura a governador de São Paulo. Além da preferência do partido por Maluf, viu que não teria como financiar uma campanha que está sendo estimada em R$ 100 mi.

Trauma de 94
PT, PSB, PDT e PC do B tentam encontrar uma fórmula para fugir do debate "contra ou a favor do Real" em sua plataforma para 98. Classificam o plano de aventura, mas querem discutir o que fazer com ele daqui para frente.

Pensamento congelado
Os partidos de esquerda mantém a mesma posição de 94 sobre privatização. Não venderiam os "setores estratégicos". No máximo, usariam a receita de alguns governos do PT que fizeram parcerias com empresários.

Judiciário indeciso
Ministros do STF convidados para jantar hoje com Clinton ficaram perdidos com a decisão de Celso de Mello de faltar ao evento. Maurício Corrêa também desistiu. Outros conversam hoje para ver o que fazem.

Pauta fotográfica
Lula, Quércia e Brizola devem se encontrar depois de amanhã, em São Paulo, no encerramento do 9º Congresso do PC do B.

Ira
Piada brasiliense: informado de que ACM queria mudar as suas exigências para visitar o Congresso, Clinton perguntou o significado da sigla. Estava em pânico, achando que era o nome de algum movimento terrorista.

Porrete franciscano
A execução do Orçamento em 98 é a arma do Planalto para ameaçar peemedebistas. Candidatos a governador, ao Congresso e às Assembléias não receberiam verbas para seus projetos.

De Paulo Bernardo (PT-PR), ironizando o fato de o embaixador americano, Melvin Levitsky, ter dito que é "inexata" a frase "a corrupção ainda é endêmica na cultura do Brasil":
- Ele tem razão. A corrupção é endêmica e epidêmica. Na cultura, na política, na economia...

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