São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997
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Ácido fólico pode prevenir doença fetal diz estudo

DA REPORTAGEM LOCAL

A ingestão de ácido fólico dois meses antes da gravidez e até seis semanas depois de a gestação ter sido iniciada previne anomalias em até 70% dos fetos, como anencefalia (criança nasce sem cérebro) e espinha bífida aberta (quando a espinha não fecha e o emaranhado de nervos fica preso, o que provoca, entre outras coisas, paralisia).
Estudo do obstetra do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), o especialista em medicina fetal e professor-assistente estrangeiro em Paris Victor Bunduki, 34, em conjunto com a Universidade René Descarte, em Paris, mostrou pela primeira vez que, nesses casos, o problema está no armazenamento de ácido fólico na mãe.
O ácido fólico é uma vitamina que passa pelo complexo B. Ela funciona como uma co-enzima, responsável por vários procedimentos do organismo, principalmente na formação de tecidos.
O feto precisa de ácido fólico porque duplica seus tecidos com muita rapidez, pois está em desenvolvimento.
Quando não há ácido fólico suficiente, o feto se ressente dessa falta, o que pode resultar em malformações congênitas.
"As mães podem ter taxas normais de ácido fólico, mas ter dificuldades em passá-lo para o feto. Esse feto pode ter problemas de desenvolvimento", diz Bunduki.

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