São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997
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Corinthians 'joga toalha' e pensa em 98

LUIZ CESAR PIMENTEL
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a classificação praticamente inviabilizada para a fase final do Brasileiro -precisa ganhar os seis jogos que lhe restam, ou torcer por uma combinação de resultados-, o Corinthians já começa a pensar em armar o time para 98.
"Eu não sou pessimista, só que agora ficou muito difícil. Mas o ano que vem está aí e vamos tentar novas conquistas", afirmou o vice-presidente do clube, José Mansur Farhat, após a derrota para o Paraná, anteontem.
Hoje, o dirigente tentará definir a volta do meia-atacante Marcelinho, vendido ao Valencia (Espanha) há pouco mais de dois meses.
Segundo Farhat, restam apenas pendências financeiras para efetuar o negócio. Como não foi possível inscrevê-lo a tempo no torneio, o clube tenta diminuir o salário do jogador no período em que ficará inativo. Marcelinho (que hoje ganha cerca de US$ 120 mil mensais) mostra-se irredutível.
Outro reforço que o Corinthians está viabilizando para a próxima temporada é o volante Claudiomiro, do Coritiba.
Além deles, o time de Joel Santana poderá trazer o lateral-direito Russo e o meia Chiquinho, que disputam o Brasileiro pelo Vitória-BA e, com os passes pertencentes ao banco Excel Econômico, serão ofertados ao clube paulista.
"Temos que ser mais racionais que emocionais. Vamos preparar a equipe para 98", enfatiza Farhat.
Sobre a partida que praticamente eliminou o Corinthians do Brasileiro-97 -derrota para o Paraná por 1 a 0-, o dirigente afirmou que faltou garra aos jogadores.
"Garra e determinação, mas eu não acredito que algum atleta jogue mal porque quer."
O técnico Joel Santana aponta outro fator como determinante para o resultado negativo: "Jogamos um bom primeiro tempo e um péssimo segundo. A equipe não teve força e competência para vencer o adversário".
Os torcedores corintianos, no entanto, não mostraram tanta serenidade no julgamento.
Ao final do jogo, centenas deles se dirigiram à porta do vestiário corintiano no Canindé e entoaram coros como: "Não é mole não, tem mercenário jogando no Timão" e "Vergonha, vergonha".
Os jogadores e comissão técnica do time deixaram o estádio sob proteção policial.
Para o jogo de amanhã, contra o Santos, na Vila Belmiro, o técnico ganhou uma série de problemas.
Suspensos, Sangaletti, Rodrigo e Donizete, além de Antônio Carlos e Fábio Augusto, não jogam.
Além disso, o volante Gilmar e o zagueiro Henrique dependem de recuperação física e não têm escalação garantida.
Mas o meia Rincón e o zagueiro Célio Silva que, suspensos, não enfrentaram o Paraná, voltam.

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