São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997
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Iugoslavo se diz 'calmo'

DO ENVIADO A SUZANO

O olhar catatônico e o braço direito erguido, com punho cerrado, são os dois gestos mais comuns do iugoslavo Vladimir Grbic (pronuncia-se gãbique), 26, bronze em Atlanta-96.
Duas duas semanas no Report/Suzano, depois de ser contratado junto ao Cuneo, da Itália, bastaram para o tornar um líder. E também pivô da confusão entre as equipes do Report/Suzano e Olympikus, sábado.
Depois de juntamente com o levantador Marcelo Elgarten assinalar num bloqueio o 15º ponto do terceiro set, comemorou colocando as mãos na genitália.
"Eu não provoquei ninguém. Só disse para o Marcelinho que, para a gente ganhar um jogo, tem que ter aquilo. O Renan (técnico do Olympikus) pensou que fosse com ele", disse o atacante, que já fala o português, além de servo-croata, russo, inglês e italiano.
*
Folha - Você chegou ao Brasil há duas semanas, mas já comanda seus companheiros em quadra aos berros. Não teve medo de que isso pudesse lhe causar algum problema com eles ou com o Ricardo Navajas?
Vladimir Grbic - Meu caráter é extrovertido. Falo muito porque acho que é importante num jogo coletivo você estar sempre concentrado. Conversar na quadra ajuda.
Folha - Por que comemorou o ponto daquela forma? Grbic - Não quis ofender. Só falei para o Marcelo que para ganhar tem que ter, desculpe, aquilo. O Renan pensou que fosse com ele.
Folha - Mas pareceu provocação ...
Grbic - Em cinco anos na Itália, tomei três amarelos (advertência). Eu não sou nervoso, nem malcomportado.

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