São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Cantora ainda é chique

THALES DE MENEZES
DA REPORTAGEM LOCAL

Lisa Stansfield é chique. Pelo menos, ela entrou no mundo pop de braços dados com a turma dos chiques. Quando Lisa apareceu, o Style Council ainda existia, Sade Adu habitava o topo das paradas e os clipes modernos eram os do Swing Out Sister, que tinham aquele eterno visual de "Audrey Hepburn em férias na Riviera".
Por isso, o vozeirão e o jeito de lady catapultearam Lisa para o topo do hit parade logo no primeiro single, "This is the Right Time". A suspeita de ser mais uma cantora de um sucesso só foi demolida com o single seguinte, o megahit "All Around the World".
Com essas duas locomotivas, o primeiro álbum foi um estouro. "Affection" (89) tinha uma mistura certa de rhythm & blues, soul e dance. Uma fórmula pop de primeira e a pintinha no rosto praticamente impediam qualquer crítica desfavorável.
Mas aí o cenário pop foi ficando menos chique. Enquanto o mainstream era ditado por Guns N'Roses e no underground germinava a explosão grunge, Lisa permaneceu fiel a seu estilo.
No Rock in Rio de 1991, sua presença no meio de todos aqueles cabeludos de bermuda era um bálsamo.
Depois, seus álbuns seguintes não foram tão bem. Para voltar ao topo, Lisa usou este ano duas armas.
Primeiro, gravou um bom álbum. Se está soando meio trilha de comercial, pelo menos nele Lisa está cantando muito bem.
Sua segunda arma é resolver mostrar mais o belo rosto e, agora, também o corpo. Nada vulgar, claro. Afinal, ela continua chique. O mundo é que está cada vez mais vulgar e necessitado de cantoras como Lisa.

Texto Anterior: Lisa Stansfield volta mais ousada
Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.