São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997 |
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Orquestra estraga Mozart
WILLIAM LI
O concerto começou bem, com a execução da abertura da ópera "Il Maestro di Capella" de Domenico Cimarosa (1749-1801). Aí, a orquestra adaptou-se perfeitamente ao estilo clássico revelando sua sutileza, afinação, elegância, fluência e excelente trabalho da dinâmica, além de um perfeito entrosamento entre as cordas e os sopros. Seguiu-se o "Concerto em Forma de Fuga op. 40 nº 2" de Gustav Holst (1874-1934). Trata-se de uma imitação de um "concerto grosso" barroco e o compositor neoclássico foi interpretado com limpidez e transparência. Os problemas começaram com o "Concerto nº 2 para piano e orquestra em si bemol maior op. 19" de Beethoven. A orquestra até que esteve bem. O pianista John Lill é que não foi muito feliz: limitou-se a tocar as notas e seu fraseado estava em desacordo com a orquestra. Mas foi na "Sinfonia Júpiter KV 551" de Mozart que a orquestra definitivamente perdeu o controle. Com andamento extremamente rápido, ela não conseguiu evitar as discronias e desafinou bastante, principalmente no 2º e 4º movimentos. Além disso, os músicos interpretaram Mozart como se fosse Beethoven, de maneira agressiva e até mesmo rude. Texto Anterior: "Arturo Ui" avisa do fascínio de Hitler Próximo Texto: Decreto de lei de incentivo é assinado hoje Índice |
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