São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997
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México usa turismo para dar olé na crise

SYLVIA COLOMBO
ENVIADA ESPECIAL AO MÉXICO

Esqueça as histórias sobre máscaras de gás e trânsito insuportável que você costuma ouvir.
Os problemas urbanos que a Cidade do México enfrenta hoje são mais ou menos os mesmos de qualquer grande metrópole e não chegam, nem de longe, a ofuscar a presença concreta de sua tradição cultural singular.
Com 16,5 milhões de habitantes, a Cidade do México vive um momento de expectativa desde que quebrou a hegemonia política do PRI (Partido Revolucionário Institucional), no poder havia 70 anos, e elegeu como prefeito, em julho deste ano, o oposicionista Cuauhtémoc Cárdenas.
Mercados de rua, ruínas arqueológicas, shows de músicos mariachis, museus e restaurantes que servem a "intensa" comida mexicana, tudo a um preço muito atraente, são alguns dos chamarizes para os estrangeiros que visitam a capital mexicana.
Foi pensando nisso que, em setembro último, um congresso reuniu setores relacionados à indústria do turismo no país.
No encontro, o secretário do Turismo, Ricardo Ampudia, definiu como meta que o país receba anualmente 25 milhões de turistas até o ano 2000, o que motivaria a entrada de US$ 8,5 bilhões.
Para isso, segundo ele, "é preciso melhorar a qualidade dos serviços para turistas".
As cifras almejadas pelo turismo mexicano confirmam um crescimento que começou na eleição do presidente Ernesto Zedillo, em 94. Desde então, o setor cresceu 30%.
Os turistas que podem visitar o México motivados pela campanha vão encontrar um país que impressionou o conquistador Bernal Diaz del Castillo.
Ao chegar ao vale do México, em 1568, ele afirmou: "...era tão bonito que eu não sei como descrever o sabor de coisas nunca vistas, ouvidas ou sonhadas antes...".
Passados quatro séculos, essa sensação de ineditismo de emoções subsiste.

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