São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997
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Capital do país vive ciclo de ressurreição

JULIA PRESTON
DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

Os astecas, que dominaram a Cidade do México até a conquista espanhola, acreditavam que o universo era cíclico, com épocas de desordem e destruição inevitavelmente seguidas de ressurreição.
Eles pensavam em termos de milênios, mas ultimamente o México tem experimentado espasmos de autodestruição pelo menos uma vez a cada década.
Os mais recentes deles foram a desvalorização do peso em 1994 e a ruína financeira que ela provocou.
Mas os sinais de ressurreição já estão por toda parte. Restaurantes e atrações culturais estão lotando de novo. Vários distritos estão reerguidos e com vida nova.
Um deles é o Centro Histórico, com a Plaza de la Constitución -mais conhecida como Zócalo- no meio dele.
O Zócalo pós-recessão é o palco de uma espetacular mostra do modo de vida mexicano. Na maioria dos dias, grupos de dança pré-hispânica e músicos se apresentam nas ruas, enquanto camelôs oferecem de relógios baratos a ervas em pó para combater dores nos ossos.
Astecas
Um dia de viagem começa no Templo Mayor, as ruínas do mais importante centro cerimonial asteca na cidade. Em seu interior há a catedral, cuja construção começou em 1573, e o Palácio Nacional, com murais de Diego Rivera.
O passeio termina a uma quadra do Zócalo, onde há um ex-colégio jesuíta que hoje abriga mostras com obras de arte popular.
Outrora abandonado à noite, o centro da cidade agora oferece uma vida noturna com uma boa coleção de bares e restaurantes.
A Colonia Condesa, ao sul do centro, abriga uma infinidade de cafés em suas calçadas. No ano passado, a prefeitura tentou retirar as mesas das calçadas, mas os restaurantes venceram.
Mais ao sul, a praça de Couoacán e a rua de San Angel estão ocupadas por uma miríade de museus e galerias.
Os tempos de recessão ainda não acabaram para todos, e a cidade sofre com uma onda de crimes jamais vista (leia texto à pág. 7-4).
Procure evitar os táxis em Fuscas verdes que circulam pelas ruas do centro. Muitos são dirigidos por clandestinos que intimidam e roubam turistas.
Quando estiver no centro, procure embarcar em táxis estacionados nos confiáveis pontos nas portas dos hotéis. É recomendável pedir para ver a licença do táxi, ou "tarjetón", antes de subir.
Uma nota final: para curtir ainda mais a Cidade do México, é melhor se render ao peculiar horário local. O almoço acontece às 15h. O jantar, nem um minuto antes das 21h.

Tradução de Edson Franco

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