São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997
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Praias perdem para as brasileiras

MARGI MOSS; GÉRARD MOSS
ESPECIAL PARA A FOLHA

Próxima escala: Nicarágua. O que mais impressiona ao entrar no país pelo sul, é a grandeza do lago Nicarágua (150 km de comprimento), do qual surge o cone perfeito do vulcão Concepción.
Chegamos na Semana Santa, e quase não havia vivalma na capital Manágua. Todo mundo fora às praias, principalmente as da costa do Pacífico. Descobrimos que as praias brasileiras são imbatíveis, especialmente se comparadas com as da costa do Pacífico das Américas do Sul e Central, que, devido à ação vulcânica, têm areia negra.
A maior surpresa foi descobrir que os nicaraguenses entram na água vestidos, até de jeans. Mas, pelo menos, tiram os sapatos.
Para os que gostam de mergulhar, a ilha de Roatán, no mar do lado caribenho de Honduras, é um destino certo. Ela faz parte do ranking dos dez melhores lugares para mergulho do mundo -os jardins de coral e seus peixes coloridos são mágicos. Um pouco mais ao norte começa a segunda maior barreira de corais do mundo, a de Belize.
Sobrevoando essa região, fica difícil escolher onde parar. Ponto de mergulho famoso de Belize, o Blue Hole, é uma enorme caverna no meio do atol Lighthouse Reef.
Uma muralha leva até uma profundidade de 40 m, onde começa a curva do que foi uma vez uma caverna cheia de ar, fato comprovado pela presença de estalactites.
As estalagmites estão na base da caverna a uns 130 m de profundidade. Mas é bom correr: a destruição é acelerada. As árvores são cortadas para dar lugar à especulação imobiliária, e os animais ficam presos para divertir os turistas.
Na Guatemala, começamos a sentir a presença maia. As ruínas dessa civilização estão espalhadas por Guatemala, El Salvador, Honduras, Belize e México.
As pirâmides, que na maior parte serviam de templos, surgem com até 65 m. Suas construções exigiam sofisticada engenharia. A astronomia, ligada às crenças religiosas e ao ciclo da fertilidade da Terra, tinha um papel importante na posição dos edifícios.
Diferentemente do que vimos na América Central, o México é um país com identidade própria, caráter forte e não está prestes a ser dominado pelo vizinho do norte. Talvez esta individualidade brote de sua história e da força das antigas civilizações.
(MM e GM)

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