São Paulo, terça-feira, 14 de outubro de 1997
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Briga da pesada; Freio palaciano; Tentar não custa nada; Acostumadas a mamar; Jogo duplo; Todo cuidado é pouco; Números a granel; Fundamentalismo petista; Me engana que eu gosto; Derrota governista; Vendendo o peixe; Mais uma chance; Acionista majoritário; Belisca e puxa o cabelo; Comitiva pequena

Briga da pesada
A disputa pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) está pesada. O ministro Raimundo Brito (PFL) quer o subordinado Giovanni Toniatti para dirigir o órgão. Mas o presidente da Petrobrás, Joel Rennó, e o deputado Eliseu Resende estão no páreo.

Freio palaciano
As indicações para a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) estão sob o crivo cerrado de Clóvis Carvalho (Casa Civil). O PFL está querendo controlar o órgão, depois de ter ficado de fora da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Tentar não custa nada
O candidato de Raimundo Brito para presidir a Aneel é José Mário Abdo, atual diretor do Dnaee. As bancadas gaúcha, catarinense, baiana e fluminense também apresentaram nomes.

Acostumadas a mamar
Tem tido trabalho a seção de controle de custos de publicidade da Secretaria de Comunicação Social, criada por Sergio Amaral. Recentemente, o porta-voz contestou uma agência que pedia R$ 110 mil por um fotolito. Pagou R$ 10 mil.

Jogo duplo
Maldade peemedebista sobre a caravana de Sarney a favor da candidatura presidencial própria: só será levada a sério se Roseana e Zequinha Sarney forem.

Todo cuidado é pouco
Milton Seligman (Incra) virou a mesa e nomeou um agrônomo para a superintendência do órgão em Rondônia. Ganhou a inimizade de Valdir Raupp (PMDB) e de Ernandes Amorim (PPB), que queriam outro nome.

Números a granel
Nas contas do ministro Eliseu Padilha (Transportes), o grupo governista do PMDB tem a maioria dos convencionais. Roberto Requião diz que já falou com 45% dos delegados. E que 85% querem candidato próprio a presidente no ano que vem.

Fundamentalismo petista
Setores da esquerda do PT vão tentar impedir o governador Cristovam Buarque de ser candidato à reeleição no Distrito Federal. Argumentam que o partido não pode validar a reeleição de FHC, tese que contestou.

Me engana que eu gosto
Henrique Hargreaves diz que a turma de Itamar investigou e descobriu quem anda espalhando o boato de que o ex-presidente ocupará uma embaixada em 98: "É Sérgio Motta. O presidente não faria essa descortesia".

Derrota governista
A tendência do presidente da Câmara, Michel Temer, é dar razão à questão de ordem da oposição, que alega que a reforma administrativa votada em 1º turno não extinguiu o regime jurídico único do funcionalismo. O Planalto defende o contrário.

Vendendo o peixe
Além de modernizar o esporte, o ministro Pelé argumentará na comissão especial da Câmara que seu projeto criará quase 1 milhão de empregos no país se for implementado na íntegra.

Mais uma chance
A Polícia Civil de Alagoas vai ouvir novamente oito pessoas sobre o assassinato de PC. Razão: o Ministério Público esqueceu de enviar suas perguntas, e os depoimentos precisam se repetir. A família do tesoureiro de Collor em 89 não gostou.

Acionista majoritário
O senador Esperidião Amin (PPB-SC) diz que é fácil realizar uma reunião da Anatel. "É só chamar o Sérgio, o Roberto, o Vieira e o da Motta", diz, em alusão ao nome completo do ministro das Comunicações, que indicou 4 dos 5 diretores do órgão.

Belisca e puxa o cabelo
A briga entre o prefeito paulistano, Celso Pitta (PPB), e seu vice, Régis de Oliveira (PFL), fica cada vez melhor. O último lance ocorreu semana passada. Pitta pediu de volta o telefone celular que a prefeitura cedia a Régis.

Comitiva pequena
O embaixador em Washington, Paulo Tarso Flecha de Lima, trouxe apenas o conselheiro Pedro Bório para acompanhar com ele a visita de Clinton ao Brasil.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Roberto Requião (PR), que sonha em disputar o Planalto pelo PMDB, sobre os governistas do seu partido estarem negociando o apoio a FHC em 98:
- Eles só vão conseguir isso se usarem os mesmos recursos da aprovação da reeleição. E ainda assim será difícil.

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