São Paulo, terça-feira, 14 de outubro de 1997 |
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Venda de eletroeletrônicos cai desde maio
FÁTIMA FERNANDES
A Lojas Cem, por exemplo, informa que desde maio o seu faturamento vem caindo mês a mês em torno de 5%. Neste mês, até o dia 12, o faturamento da rede caiu 18% sobre o de igual período do ano passado. "O consumidor que não está endividado está com o orçamento comprometido", diz Natale Dalla Vecchia, diretor da Cem. Ele conta que as negociações com as indústrias nunca estiveram tão tranquilas como atualmente. Tradicionalmente, nesta época do ano, as discussões entre comércio e indústria são mais difíceis, pois envolvem maior volume de mercadorias para o final do ano. "O fornecedor já deu todo o desconto que poderia dar e a entrega dos produtos é praticamente imediata", diz Dalla Vecchia. Victorio Bernasconi, diretor da Lojas Bernasconi, também está desanimado com o ritmo do consumo. "A venda está muito fraca para esta época do ano." Na sua análise, o consumidor já comprou o que precisava logo após o Real, e agora vai gastar com muito mais cautela. A Bernasconi, que tem 28 lojas, esperava no início deste ano encerrar 1997 com um faturamento 20% maior do que o do ano passado, de R$ 50 milhões. Mas agora aposta que, no máximo, ela vai alcançar os números de 1996. SPC e Telecheque A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) informa que o Dia da Criança teve pouco efeito no número de consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e ao Telecheque. "Esses números mostram algum efeito do Dia da Criança, mas não significativo", diz Emílio Alfieri, economista da associação. Pelo ritmo das consultas, analisa, as vendas deverão ser fracas no Natal. "O consumidor está muito endividado e certamente vai usar o 13º salário para pagar as dívidas." Texto Anterior: Federação espera o pior Natal do Real Próximo Texto: Nahas teve multa de US$ 19 mi em 1996 Índice |
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