São Paulo, terça-feira, 14 de outubro de 1997
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Dow amplia produção de poliestireno

MAURICIO ESPOSITO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Dow Química, multinacional do setor petroquímico, vai investir entre US$ 50 milhões e US$ 70 milhões para dobrar sua capacidade de produção de poliestireno.
Poliestireno é uma resina utilizada como matéria-prima na fabricação de embalagens plásticas, copos descartáveis, televisores e paredes de geladeiras.
A multinacional produz poliestireno no Brasil por meio da fábrica da EDN (Estireno do Nordeste) no Guarujá, litoral paulista.
A Dow Química tem o controle acionário da EDN desde setembro do ano passado, quando adquiriu por US$ 17 milhões um terço do capital da empresa da Petroquisa (Petrobrás). A Dow já detinha um terço do capital da EDN.
A duplicação da capacidade de produção da fábrica de poliestireno no Guarujá deverá estar completa em novembro de 1999.
Atualmente, segundo o diretor-superintendente da EDN, Gonzalo Barquero, o mercado brasileiro consome 250 mil toneladas anuais de poliestireno, mas a demanda vem crescendo de 5% a 6% ao ano.
Apenas dois produtores de poliestireno fabricam o produto no Brasil: Dow Química e Basf.
A EDN tem uma outra fábrica de poliestireno no Brasil, localizada no pólo petroquímico de Camaçari e com capacidade para produzir 45 mil toneladas por ano.
A planta, no entanto, está paralisada devido ao alto custo de produção, explicou Barquero.
A Dow Química, que assumiu a dívida da EDN ao adquirir o controle da empresa, quer comprar o restante do capital que está pulverizado entre alguns investidores.
O passivo da EDN, majoritariamente com bancos e com o governo, era de US$ 150 milhões na época da aquisição e hoje chega a US$ 160 milhões, informou Barquero.
A expansão da fábrica do Guarujá tem por objetivo também o mercado externo, principalmente Chile e Argentina.
A expectativa da Dow Química é negociar com o exterior 30 mil toneladas de poliestireno por ano.
O poder financeiro e o conhecimento tecnológico da Dow Química têm servido de argumento para as empresas petroquímicas brasileiras se associarem na tentativa de ganhar maior competitividade.
A matriz da multinacional promete investir US$ 1 bilhão na América Latina até o ano 2000. Desse total, US$ 300 milhões serão destinados aos seus empreendimentos no Brasil.
A Dow Química confirma estar analisando algumas oportunidades de aquisição de empresas brasileiras.
A multinacional já manifestou interesse no leilão da Conepar, holding de participações acionários no setor petroquímico que pertencia ao grupo Econômico.

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