São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 1997
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No Brasil, jornalistas perguntam sobre os EUA

DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

A maioria absoluta das perguntas dos jornalistas norte-americanos a Clinton se referiram aos problemas políticos internos do presidente.
Em especial, a investigação sobre possíveis ilegalidades no levantamento de fundos para sua campanha de reeleição, em 1996.
Ontem, a secretária da Justiça, Janet Reno, resolveu alongar o inquérito para determinar se promotor independente será constituído para investigar Clinton.
"A lei, os fatos"
"Temos a lei, os fatos, um processo para investigar os fatos. Eu não sinto nada a respeito disso. O que me faz sentir mal é a tentativa explícita de politizar o processo", disse Clinton. A questão foi abordada por quatro repórteres e o presidente dos EUA respondeu a todos eles com frases parecidas.
Um dos jornalistas chegou a perguntar a Clinton se essas perguntas o estavam embaraçando. Ele respondeu: "Não posso me sentir embaraçado pelo que os outros fazem. Vocês é que têm de decidir que perguntas fazer".
Uma série de vídeos que mostram cafés-da-manhã realizados na Casa Branca, com a participação de Clinton e potenciais doadores à sua campanha estão sendo entregues à justiça.
Edifícios públicos
A lei proíbe utilização de edifícios públicos federais para fins eleitorais. Os vídeos podem ser evidência contra Clinton.
Um jornalista quis saber se o presidente havia assistido o último lote deles, colocados à disposição da justiça ontem, e o que havia neles. "Vocês vão achar que eles são muito chatos", respondeu ele.
Clinton disse não se lembrar se fez telefonemas desde a Casa Branca para pedir doações para a campanha.
O vice-presidente Al Gore, também sob investigação, admite tê-los feito mas diz que eles não constituem crime eleitoral.

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