São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 1997
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Premiê ameaça renunciar se perder voto no Parlamento

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Câmara dos Deputados da Rússia (Duma), dominado pela oposição neocomunista, vota hoje uma moção de desconfiança contra o governo. O premiê Viktor Tchernomirdin, aliado do presidente Boris Ieltsin, elevou a tensão política ontem ao ameaçar renunciar em caso da aprovação do voto.
O voto de desconfiança não é uma ameaça imediata ao gabinete. Para derrubar o governo, a Duma precisa repetir o ato dentro de três meses. Caso novamente aprovado, Ieltsin seria obrigado a indicar novo premiê ou convocar eleições parlamentares antecipadas.
Tchernomirdin disse que, se perder hoje, o governo não ficará parado durante três meses. "Decidiremos tudo de acordo com a Constituição, muito antes do prazo."
O Partido Comunista, dono de 140 das 450 cadeiras, acusa o governo de abuso de poder na tentativa de aprovar o Orçamento para 1998. São necessários 226 votos (maioria simples) para a aprovação da moção. Segundo a "Efe", a oposição tem 258 deputados.
Ieltsin criticou o Parlamento: "Este é um direito da Duma. Mas é evidente que uma decisão como esta não traz bons resultados nem resolverá nossos problemas".

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