São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 1997 |
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Ministro cobra definição do PMDB
LUCAS FIGUEIREDO
"Se quiserem ter candidato (à Presidência), eles (o PMDB) podem escolher o 'Joaquinzinho' e lançá-lo candidato. Mas têm de sair do governo. Não podem é querer ficar nas duas posições." Para o ministro, é "muito estranho" o fato de o partido ainda não ter decidido se apóia a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. O PMDB está dividido entre defender a reeleição ou lançar candidato próprio. Caso decida pela segunda opção, três nomes são cogitados: o ex-presidentes Itamar Franco e José Sarney e o senador Roberto Requião (PR). O prazo estipulado por Motta coincide, segundo ele, com o limite definido por FHC para que deixem o governo os ministros que desejam se candidatar em 98. Motta citou como sendo do PMDB que "colabora" com o governo o presidente da Câmara, Michel Temer, os líderes do partido na Câmara, Geddel Vieira Lima, e no Senado, Jader Barbalho, e os ministros Eliseu Padilha (Transportes) e Iris Resende (Justiça). Segundo Motta, seu partido está em posição confortável. Disse que os sete governadores tucanos serão candidatos à reeleição, inclusive o de São Paulo, Mário Covas, que tem negado a candidatura. Ele disse que o governo fez "de 50% a 60% daquilo a que se dispôs". "Não fizemos tudo pelas dificuldades naturais de negociação com Congresso e Judiciário, que fazem parte do jogo democrático." Motta disse que o governo insistirá nas reformas constitucionais. "Se não sair tudo agora, esperamos que saia na transição do primeiro para o segundo governo." O presidente do PMDB, deputado Paes de Andrade, reagiu às críticas de Motta dizendo que o ministro "é um predador" e que "deveria restringir a sua colher ao caldo mal cozido do PSDB". Segundo Paes, no dia em que partido decidir ter candidato próprio, deixa os cargos ministeriais. Conselho nacional Em jantar na casa do deputado Luiz Estevão (PMDB-DF), a corrente governista do PMDB decidiu ontem à noite pedir a convocação do conselho nacional do partido para decidir se apóia FHC nas eleições do próximo ano. O conselho nacional é formado, basicamente, pelos principais líderes do partido. Paes queria o assunto discutido na convenção, com maior influência das bases. "A linha que defende o apoio à reeleição é majoritária", disse Geddel. "Esse movimento é dos dissidentes da base. Pode-se brigar com o Paes, mas não com as bases", reagiu Paes. Texto Anterior: Dinheiro do MST é citado em denúncia Próximo Texto: Será lançada hoje primeira campanha sem Betinho Índice |
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