São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 1997 |
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Dois presos morrem em presídio na PB
ADELSON BARBOSA
Gilzandro Militão, 19, foi morto por policiais militares após escalar as paredes da penitenciária. Ele corria em direção a uma mata quando foi atingido pelas costas. Segundo os PMs, Militão pulou um muro de 5 m de altura com a ajuda de uma escada. A direção da cadeia informou que os PMs perceberam a fuga e começaram a atirar para o alto, para intimidar os presos. Como eles não pararam, os PMs teriam atirado para atingi-los nas pernas. Dois presos foram recapturados. No interior da penitenciária, o preso Sebastião Leite de Souza, 43, foi morto a pauladas pelos próprios colegas de cela. Segundo a polícia, Souza foi assassinado porque seria considerado delator. Ele teria informado aos guardas que fazem a segurança interna sobre o plano de fuga. Em dois meses e meio, pelo menos 11 presos foram mortos pela PM e pelos próprios colegas dentro da penitenciária do Róger. Na noite de 29 de julho, a PM torturou e massacrou oito presos, segundo o IML (Instituto Médico Legal). Em 9 de setembro, houve um motim na penitenciária e mais um preso foi morto no confronto com policiais militares. Até ontem, os inquéritos (civil e militar) que apuram as responsabilidades pelas mortes não tinham sido concluídos em nenhum dos casos. A presidente da Comissão do Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Nadja Palitot, disse que a policia já ouviu cerca de 50 testemunhas do massacre. Texto Anterior: Relatório do 402 só sairá em dezembro Próximo Texto: Interditada cadeia em risco de desabar Índice |
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