São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 1997
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Cheiro de mudança; Crédito garantido; Pôr a culpa no Legislativo; Recurso ao tapetão; Choro imediato; Brasil real; Pressão baiana; Planos regionais; Linha comercial; Tática franciscana; Mil elogios; Sinal de desespero; Válvula de escape; Boca-livre collorida; Já era hora; Bala eleitoral

Cheiro de mudança
Circula no Planalto que o líder do governo na Câmara, Luís Eduardo Magalhães, deve deixar o posto em dezembro. Votado o 2º turno da reforma administrativa, o pefelista não teria mais razão para continuar no cargo.

Crédito garantido
FHC é grato a Luís Eduardo pela reorganização do comando político após o desgastante caso de compra de voto na reeleição. Sem ele, acha que contabilizaria mais derrotas na lei eleitoral e na reforma administrativa.

Pôr a culpa no Legislativo
FHC e Luís Eduardo avaliam ser dificílimo aprovar as reformas no Congresso ainda no 1º mandato do presidente. Continuam, porém, a insistir que querem votá-las até o fim para ficar com o discurso de que o governo, pelo menos, fez a sua parte.

Recurso ao tapetão
O PFL estuda pedir ao STF declaração de inconstitucionalidade de dois artigos da lei eleitoral: o que tirou os votos brancos do cálculo do coeficiente eleitoral e o que definiu o tempo de tevê pelo tamanho das bancadas em 94.

Choro imediato
Os líderes governistas receberam ontem a lista de emendas parlamentares liberadas neste mês por Kandir (Planejamento).

Brasil real
Fulgêncio da Silva, líder sindical jurado de morte por narcotraficantes do sertão pernambucano, foi baleado ontem de madrugada e está na UTI de um hospital de Santa Maria da Boa Vista, a 800 km de Recife.

Pressão baiana
ACM não quer nem ouvir falar de convocação extraordinária em ano eleitoral. Já avisou à Comissão de Orçamento que, se o relatório não for entregue até 5 de dezembro, ele o avoca e o coloca em votação no plenário.

Planos regionais
O PFL deverá ter cabeça de chapa ao governo de 12 Estados em 98, avaliou ontem sua Executiva. E se coligará ao PSDB no Distrito Federal e em Roraima. E ao PMDB em Pernambuco.

Linha comercial
Newton Cardoso, que controla a maioria dos peemedebistas mineiros, já falou com o ministro Luiz Carlos Santos sobre o que quer para defender o apoio do PMDB a FHC em 98. Pediu alto.

Tática franciscana
Uma ala do PMDB governista considerou precipitado o jantar de adesão a FHC. Caciques como Joaquim Roriz (DF) acham que a aliança é inevitável, mas preferem ir mais devagar, para tirar melhor proveito da negociação.

Mil elogios
Antonio Kandir (Planejamento) ganhou companhia na lista de pessoas mencionadas de forma agressiva pelo governador Mário Covas (PSDB-SP) em suas conversas. O ministro Paulo Renato (Educação) também tem sido brindado com adjetivos.

Sinal de desespero
O secretário da Fazenda de Alagoas, Roberto Longo, desconfia que o governador Manoel de Barros seja gastador. Questionado se a receita de ICMS estava aumentando, respondeu: "Sim. Mas, por favor, não publiquem isso, senão as despesas dobram".

Válvula de escape
Tratado a pão e água pelo prefeito Celso Pitta, o vice Régis de Oliveira está apelando ao PFL nacional para garantir o emprego de alguns apadrinhados.

Boca-livre collorida
Antônio Britto (RS) tentou mudar o local programado para o jantar do PMDB pró-FHC, anteontem na casa do deputado distrital Luiz Estevão, amigo íntimo de Fernando Collor. Mas, no final, comida e bebida de graça falaram mais alto.

Já era hora
A partir do ano que vem, os sindicalistas da CUT terão aulas sobre ecologia. A idéia é incluir reivindicações ambientais nas negociações com os patrões.

Bala eleitoral
Em 98, o Ministério da Justiça pode ter R$ 100 mi para dar aos Estados investirem nas polícias. A emenda ao Orçamento já foi apresentada por João Natal (PMDB), amigo do ministro Iris.

TIROTEIO
De Roberto Requião (PR), sobre o fato de o PMDB governista ter escolhido a casa do deputado distrital Luiz Estevão, um dos avalistas da "Operação Uruguai", feita por Collor, para o jantar de adesão a FHC:
- Se a reunião de agora foi na casa do avalista, só falta a próxima ser na casa do Collor.

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