São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 1997
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FHC rejeita responsabilidade por estradas

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTA MARIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso não quer mais assumir a responsabilidade pelo prazo em que as rodovias federais terão os buracos tapados.
"Não sou ministro dos Transportes, não quero assumir uma responsabilidade que não é diretamente minha", disse ele, ontem, em Santa Maria (RS).
FHC declarou que o Ministério dos Transportes não tinha prazo até outubro para concluir a operação tapa-buraco. "Eles (Ministério dos Transportes) tinham um certo prazo", que não terminaria este mês, para concluir o trabalho.
Programa
No programa "Palavra do Presidente", de 17 de junho passado, FHC prometeu que em 120 dias -o prazo termina hoje- os buracos estariam tapados e haveria uma nova sinalização horizontal nas rodovias federais.
Reportagem publicada pela Folha no último domingo mostrou que a promessa está longe de ser cumprida. O Ministério dos Transportes disse que a promessa tem de ser cobrada em 10 de novembro, quando transcorrerão 120 dias do início das obras emergenciais, que sofreu atraso.
FHC conversou "recentemente" com o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha -"um bom ministro", sobre a operação tapa-buraco. "Ele me disse que está acelerando" o programa, declarou o presidente.
Para FHC, a tarefa é árdua, porque as rodovias estiveram "durante muito tempo desleixadas" e "até engrenar (o trabalho) pode haver algum atraso".
Buracos
O presidente disse, lançando mão de um frase não impositiva, que, "havendo tudo em ordem, daria para, em 120 dias, tapar os buracos". Ele não precisou, porém, a partir de quando o prazo começaria a contar.
Reajuste
Líderes dos servidores da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) realizaram um protesto próximo à base aérea onde FHC desembarcou. Os manifestantes, que reivindicavam reajuste, não conseguiram ser vistos pelo presidente.
Na entrevista que deu no 7º BIB (Batalhão de Infantaria Blindado), onde passou em revista uma tropa de cerca de três mil soldados, FHC disse que esse tipo de exigência salarial "é coisa do passado, da época da inflação".

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