São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
FHC quer Ministério da Defesa até 98
EMANUEL NERI
Questionado por jornalistas ao final dos exercícios envolvendo os exércitos de Brasil, Argentina e Uruguai, em Rosário do Sul (RS), o presidente disse acreditar que há condições no momento para a criação de tal ministério. "Não é questão de acreditar ou não. Eu vou fazer", afirmou FHC, sem querer dar maiores detalhes sobre o tema. Os estudos para a criação do Ministério da Defesa foram encomendados por FHC ao ministro Benedito Leonel (Estado-Maior das Forças Armadas) no início de seu governo, em 95. A idéia é dar comando único às ações militares, buscando inclusive reestruturar a distribuição de recursos. Segundo o general Alberto Cardoso, ministro-chefe da Casa Militar, a criação do novo ministério deixa o Emfa e passa a ser tratada como proposta do Executivo. "Ainda não há estrutura definida. O que se sabe é que o novo ministério teria subordinado a ele os atuais ministérios", afirmou Cardoso. Segundo ele, também não está definido se o ministro da Defesa será civil ou militar. O general disse que serão extintos os atuais cargos ocupados por ministros militares, mas não se sabe ainda a denominação que os chefes dessas unidades terão. Na Argentina e no Uruguai, que têm ministérios da Defesa, os comandantes de cada força são chamados chefes de Estado-Maior. A preocupação do governo, no momento, é definir de que forma se dará a transição de quatro ministérios para um único comando. "A transição tem de ser cuidadosa para não se desestruturar todo o mecanismo de defesa do país, mas não se tem idéia de quanto tempo isso vai gastar", afirmou Cardoso. A implantação do Ministério da Defesa requer alteração na Constituição. Nela aparece a expressão "ministérios militares" quando se fala da composição do Conselho de Defesa Nacional e do Conselho da República. O ministro do Exército, general Zenildo de Lucena, não quis comentar o anúncio. Segundo ele, a estruturação do novo ministério deve ser lenta, "pela complexidade do problema". (EN) Texto Anterior: O QUE ELE DIZ AGORA Próximo Texto: Manobras conjuntas repetem a Tríplice Aliança Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |