São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 1997 |
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Kevin Smith acerta com romance moderno
LÚCIO RIBEIRO
É o terceiro filme do competente-precoce Kevin Smith, que solidificou seu nome no subsolo de Hollywood com o aclamado "O Balconista" e o nem tanto "Mallrats" (no Brasil, "Barrados no Shopping", só distribuído em vídeo). Smith consegue tirar virtudes da verborragia, tecer uma densa polêmica sexual pós-adolescente sem pedantismo. E, melhor, levar ao extremo uma intensa confrontação homem-mulher que se torna impossível não tomar partido, torcer mesmo. A história é complicada. Dois amigos (Ben Affleck e Jason Lee) chegam ao sucesso como criadores de histórias em quadrinhos, mas um deles, Affleck, não percebe o vazio de sua vida até encontrar uma bela garota (Joey Lauren Adams), também cartunista, numa convenção de quadrinhos em Nova York. Ele se entusiasma com a garota. Ela é lésbica. Os dois constroem uma forte amizade que, de tão inusitada, sempre está pedindo algo mais. Quando o personagem de Affleck se vê completamente apaixonado, os problemas despencam. A situação está posta. Sujeito que sofre flerte do melhor amigo e se entrega de paixão aos encantos de uma garota que não tem o mínimo interesse sexual por homens. Com habilidade, o diretor Kevin Smith não perde o rumo ao caminhar pela premissa de seu filme: "Sexo é fácil, amor é difícil". Texto Anterior: 'Junk Mail' é irmãos Coen norueguês Próximo Texto: Saiba os filmes de hoje da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo Índice |
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