São Paulo, sábado, 18 de outubro de 1997
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Sem-teto escapam de remoção

DA REPORTAGEM LOCAL

A determinação de Celso Pitta de retirar todos os ambulantes da praça da Sé funcionou, mas a de retirar os moradores de rua, não.
A Fabes (Secretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social) enviou anteontem à noite cinco assistentes sociais para convencer os moradores da praça a irem para os abrigos da prefeitura.
Os assistentes só encontraram quatro crianças na praça e nenhuma delas quis ir.
Para o secretário Maurício Najar, os moradores devem ter saído antes de a operação começar, já que ela não era sigilosa.
Ontem à tarde, os moradores retornaram à praça. "Vamos mandar as equipes hoje (ontem) à noite novamente", disse. Segundo ele, os assistentes não podem obrigar os moradores de rua a irem para os abrigos.
O inspetor da Guarda Civil Metropolitana José Reinaldo Brígido disse que a orientação é proibir somente os "acampamentos".
Entidades assistenciais criticaram a forma de a prefeitura de fazer a remoção.
"Montaram uma operação de guerra na praça. A questão deveria ser resolvida com investimentos na área social e não lotando caminhões com pessoas para despejar nos abrigos. Até quando a Guarda Civil vai conseguir manter toda aquela parafernália na praça?", pergunta o padre Julio Lancellotti, da pastoral do Povo de Rua.

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