São Paulo, sábado, 18 de outubro de 1997
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Operação tira Fusca 69 da aposentaria às quintas

DA REPORTAGEM LOCAL

O protesto do dentista Adelino Eden Filho, 42, está estampado nos vidros do seu Fusca 1969: "Sou um velhinho aposentado. Só dava alguns passeios aos domingos. Por causa desse rodízio idiota, fui obrigado a voltar a trabalhar".
Colocar os cartazes foi a forma encontrada pelo dentista para reclamar do rodízio da prefeitura que, segundo ele, "não resolve nada".
"A prefeitura e o governo estadual deveriam investir em transporte coletivo", afirma.
Às quintas-feiras, Filho não pode usar seu Fiat Palio por causa do programa de restrição -às quintas não rodam os veículos com placas de final 7 e 8. Seu outro carro, um Santana Quantum, fica com a mulher.
Para ir de sua casa, no Tatuapé (zona sudeste), para o consultório, na Lapa (zona noroeste), a cerca de 20 km de distância, ele retirou seu Fusca da aposentadoria.
"Não gosto de andar tanto no Fuscão, não é seguro. Mas não tem outro jeito. O metrô não oferece linha no meu trajeto e ir de táxi uma vez por semana, a uma distância tão grande, seria muito caro", diz o dentista.

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