São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 1997
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Para opositores, nomeação está ligada à reeleição

IGOR GIELOW
DA REPORTAGEM LOCAL

Para os adversários políticos do governador Amazonino Mendes (PFL-AM), a nomeação de Wellington Lins está incluída no "pacote da reeleição" que teria sido negociado com o presidente Fernando Henrique Cardoso.
O empresário foi nomeado para o cargo em março, depois da votação que aprovou em primeiro turno na Câmara dos Deputados a emenda que permite a reeleição no Executivo.
Segundo gravações reveladas pela Folha, Amazonino é apontado como um dos governadores que teria pago até R$ 200 mil pelo voto favorável à emenda de deputados federais de sua região.
O governador sempre negou a compra de votos. Depois da aprovação da emenda, Amazonino só não emplacou um nome de sua confiança na direção da Suframa devido à reação de tucanos como o secretário-geral do PSDB, deputado Arthur Virgílio (AM).
O superintendente da Suframa, Mauro Costa, passou três meses oscilando na direção do órgão. Após um armistício com Amazonino, resolveu permanecer por mais alguns meses no cargo.
"A indicação de Lins também faz parte dessa negociação. Ele não assumiria o cargo com o currículo que tem", afirmou o líder do PSB amazonense, Serafim Corrêa.
O governador Amazonino não foi localizado pela Folha. Segundo o deputado Átila Lins (PFL-AM), seu aliado, essa versão da compra de votos é "fantasiosa", porque ele já teria o controle do cargo antes da votação da emenda da reeleição no Congresso.
(IG)

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