São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 1997
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Câmara quer impedir protesto

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Câmara, Nelo Rodolfo (PPB), disse que não vai permitir manifestações em frente à Câmara Municipal de São Paulo.
"Não vou deixar que atrapalhem a vida da cidade", afirmou Rodolfo. Segundo ele, a Polícia Militar será convocada para garantir a segurança do local.
Além dos perueiros, motoristas de ônibus também devem fazer protestos amanhã. Eles querem o fim do serviço de lotação.
Ontem, o presidente do sindicato dos condutores, José Alves do Couto Filho, o Toré, afirmou que os terminais do parque Dom Pedro e da praça das Bandeiras, ambos no centro, deverão parar.
Toré está em Salvador, na Bahia, e não vai participar da manifestação. O protesto será comandado por outros diretores do sindicato.
O secretário municipal dos Transportes, Carlos de Souza Toledo, disse que todo o efetivo da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) será utilizado para evitar que manifestações prejudiquem o trânsito da cidade.
"Todos têm o direito de se manifestar e de pressionar os vereadores. Mas ninguém pode prejudicar a população", disse Toledo. "Seria uma irresponsabilidade parar o trânsito. Nós vamos reagir duramente se isso acontecer."
Plenário
Para reduzir o poder de manifestação dos perueiros, o presidente da Câmara Municipal vai restringir o acesso à galeria do plenário. Apenas 65 perueiros poderão assistir à sessão.
Os outros assentos da galeria serão divididos entre motoristas de ônibus e taxistas (65 lugares cada), todos contrários aos perueiros.
Dessa forma, a pressão dos perueiros poderá ser abafada pelas duas outras categorias. Rodolfo é favorável ao fim do serviço de lotação na cidade.
Para evitar conflitos e agressões aos vereadores, cerca de 260 homens do 7º Batalhão da PM e 48 policiais da assessoria militar vão ficar nas dependências da Câmara.

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