São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 1997
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Lotações do Rio preparam mais pressão

RENATA RODRIGUES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O presidente da Confan (Confederação Nacional de Transporte Alternativo), João Ferreira, disse no Rio que a aprovação do projeto de lei da prefeitura que proíbe as vans de fazer lotações é uma questão política.
O projeto foi aprovado na semana passada, na Câmara Municipal, em uma primeira votação, por 25 votos a 11. De acordo com a proposta, as vans só podem fazer transporte de passageiros ponto a ponto.
Ferreira disse que os motoristas têm de aceitar o resultado da primeira votação, "decidida democraticamente", mas pretendem lutar, fazendo pressão junto aos vereadores para que a segunda votação seja favorável a eles.
A data para a próxima votação, que tem caráter definitivo nessa instância, ainda não está marcada. A etapa posterior é levar o projeto para ser sancionado ou não pelo prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde (PFL).
Durante a votação, as 17 emendas ao projeto foram rejeitadas. Alguns vereadores de partidos de oposição disseram que vão se unir aos motoristas para tentar inverter a situação.
No último dia 15, a Confan entrou com uma ação popular na 5ª Vara de Fazenda Pública, questionando os critérios utilizados pela prefeitura para a circulação dos microônibus.
Eles questionam também se houve ou não licitação para esse tipo de transporte. Ferreira afirma que os microônibus estão se aproveitando do espaço deixado pelas vans.
Protesto
No último dia 17 de setembro, um protesto de motoristas de vans causou congestionamentos nos principais acessos ao Rio. Eles protestaram contra a decisão da Justiça de negar autorização para o funcionamento de lotações.
O protesto foi engrossado por motoristas de Kombis e camionetes. Todos eles queriam autorização para funcionar como lotações.
Os manifestantes chegaram a interromper o tráfego na ponte Rio-Niterói por 30 minutos.
O trajeto entre as duas cidades, normalmente é feito em 20 minutos, levou duas horas.

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