São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 1997 |
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Valentino dá toque mexicano ao desfile de primavera-verão MARIANE COMPARATO
O estilista italiano Valentino procurou dar um toque mexicano à coleção de prêt-à-porter primavera-verão 98 que apresentou ontem. Vestidos, bustiês e calças tinham furos em forma de flores e folhas. Nas extremidades, franjas pendiam. As modelos exibiam "sombreros" enormes. Valentino mostrou tailleurs brancos justos com calça tipo "cigarrette" (colada ao corpo e barra acima do tornozelo), acompanhados por sandálias com salto tipo agulha. A versão em preto, tinha uma listra branca nas laterais. Alguns vestidos apresentavam corte quadrado e apliques com brilhantes. A cor principal era o preto, a tendência da temporada. Alguns modelos em cor pastel apareciam, e havia outros com estampa de cobra ou tigre. Já o catalão Paco Rabanne apresentou ontem uma coleção sóbria, em preto-e-branco. De vez em quando, aparecia algum modelo em vermelho ou uma blusa em prata brilhante. As saias eram todas na altura do joelho, ajustadas ao corpo, acompanhadas de blazers fechados. A única ousadia do estilista foram as blusas em musseline cinza-chumbo, um pouco transparentes. Desfiles do sábado A estilista Véronique Leroy, que desponta no universo da moda, escolheu uma galeria do Marais, um dos bairros mais antigos e descolados de Paris, para apresentar, no sábado, sua coleção. A maioria dos modelos tinha uma blusa, feita com rede de pescador, preta ou branca. As blusas eram sem manga e com gola levantada, do tipo confortável. Zíperes deixavam abertas as mangas e as laterais de vários modelos. Havia muitas túnicas para serem usadas à noite ou até como saída de banho. A maioria das roupas deixava as pernas de fora. O estilista Frédéric Molénac, à frente da marca Grès, mostrou, também no sábado, uma coleção sensual e ousada. Todas as modelos apresentavam um cone brilhante que acompanhava a forma do bico de um dos seios nas cores prata, ouro e azul. A coleção primavera-verão que Christian Lacroix apresentou no Carrousel du Louvre foi, acima de tudo, divertida e extravagante. As modelos tinham altos cabelos montados, de várias cores. As estampas tinham inspiração indiana, e as roupas lembravam um mercado cigano. O estilista elegeu o rosa-shocking como cor principal, mas havia também muito roxo, cobre e dourado. As músicas variavam entre salsa, tango e flamenco. Tocou até um trecho de "Garota de Ipanema", em francês. Texto Anterior: O melhor da temporada de dança em Nova York Próximo Texto: Tabucchi explica sua 'porção portuguesa' Índice |
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