São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 1997
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Alca; Visita de Clinton; Tecnologia e qualidade de vida; Universidade gratuita; Novo perfil do ensino; Inadimplência dos poderosos; Precatórios; Desrespeito; Tratamento preferencial; Coletivo; Salário é luxo; Serenidade; Violência contra o policial

Alca
"Essa 'briguinha' da Alca é uma piada e, no final, o Brasil vai ter mesmo que ceder, bastando para tanto que os EUA se coloquem numa posição muito cômoda: entra no seu esquema para a Alca quem quiser.
Quem não quiser fica de fora, deixando de mão beijada para quem entrar esse fantástico mercado de trilhões de dólares."
Urbano Alberto A.S. Barreto (São Paulo, SP)

Visita de Clinton
"Se o relatório do Departamento de Estado de Tio Sam tivesse apontado o Brasil como o país da impunidade, infelizmente não teríamos o que contestar.
Agora, meter o bedelho, imiscuindo-se em nossas mazelas como se fossem santos, realmente é muita prepotência e arrogância, além de denotar total ignorância e desinformação, uma vez que 'a corrupção endêmica na cultura brasileira', citada no tal relatório, para nós há muito se transformou em incontrolável epidemia. Basta rever a primeira página da Folha de 9/10."
Ismar Nery Filho (Goiânia, GO)

Tecnologia e qualidade de vida
"Altos índices de desemprego, violência, condições precárias de educação, saúde e saneamento básico, aliados às sucessivas conquistas tecnológicas, levantam a seguinte questão: até que ponto as inovações tecnológicas favorecem e auxiliam o desenvolvimento humano do indivíduo?"
Rodrigo Guimarães Pinho (Santa Bárbara d'Oeste, SP)

Universidade gratuita
"Parabenizo o sr. Gustavo Franco por sua coragem em atacar o ensino público superior gratuito. Gostaria que o sr. ministro Paulo Renato de Souza também a tivesse.
Embora a idéia seja contrária aos interesses da elite, como pude perceber nesta seção, peço ao sr. ministro que pense que, enquanto a elite não paga a universidade pública, o 'povão' paga mensalidades absurdas por universidades privadas de baixa qualidade."
Cristiano Silvestre (São Paulo, SP)
*
"Na entrevista do sr. Gustavo Franco, o que salta aos olhos é: a cobrança de mensalidade nas universidades públicas não foi o tema principal da entrevista, não se justificando a manchete da primeira página.
Por trás de toda essa encenação, o que existe de concreto é uma refinada orquestração baseada no lobby e na bancada das escolas particulares e em alguns 'interessados' na desestabilização do ensino público superior."
William Telles (Caçapava, SP)

Novo perfil do ensino
"Se o mercado está carente de um novo tipo de inteligência, e se as empresas precisam de gente bem preparada e que apresente resultados em equipes, as instituições de ensino precisam acionar mecanismos urgentes de redirecionamento do seu perfil de ensino e de formação.
Terão que repensar a toque de caixa o seu modelo, começando por nova condução a ser dada ao diálogo, em todos os níveis."
Natólio de Souza (Joinville, SC)

Inadimplência dos poderosos
"Como aqueles que enxergam a ONU como forma de desenvolvimento da democracia mundial, gostaria que essa importante organização não sofresse injustas restrições de recursos para a sua atuação. Principalmente se isso for devido à inadimplência de países ricos e poderosos.
Proponho um simples mecanismo para resolver esse problema: quem não estiver em dia não vota, e nem veta!"
Oswaldo F. Rossetto Jr. (São Paulo, SP)

Precatórios
"Sobre o artigo 'A viúva e o paulista' (22/9), de José Serra: a situação dos precatórios decorre da atitude dos políticos. Desapropriam sem a devida verba no orçamento. Deixam sempre para o próximo Executivo o problema do pagamento.
É necessário que os políticos mudem a mentalidade. Ao desapropriar, determinado em juízo o valor, paga-se.
Um indivíduo não pode suportar, sozinho, o benefício a toda a coletividade. Basta de fazer cortesia com o chapéu alheio."
Ari Pires de Aguiar (São João da Boa Vista, SP)

Desrespeito
"Com relação à nota na seção 'Tiroteio' de 8/10, em que o coordenador da Juventude do PSDB de São Paulo se refere à negociação do aval do governo federal ao empréstimo para a prefeitura paulistana como 'ato de canalhice de Fernando Henrique' (sic), o mínimo que se poderia dizer é que houve tremenda falta de respeito ao nosso presidente."
Luís Américo S. Paraiso (São Paulo, SP)

Tratamento preferencial
"O presidente FHC só está disponível para empresários, banqueiros e empresas de planos de saúde, ou seja, os únicos satisfeitos com a atual política econômica.
Aos que questionam, só resta a truculência da polícia que mata no Carandiru, na favela Naval."
Paulo Tavares (São Paulo, SP)

Coletivo
"O PSDB não passa de um ônibus da alegria."
Roberto Tomaz Pereira (Campinas, SP)
Personalidade "Adib Jatene foi um ministro da Saúde de personalidade. Devia pensar com os seus botões: 'A CPMF é para somar, não para complementar; ou tenho dinheiro e faço o que é preciso ou chuto tudo'.
Os planos de saúde nunca terão ética se não houver ministro pensando como Adib Jatene, e acrescido de um dado: saúde pública tem que ser meta de prefeito, ficando o ministério com o trabalho preventivo e os hospitais de referência."
Luiz Ribeiro de Oliveira (Rio de Janeiro, RJ)

Salário é luxo
"O ministro do Trabalho insinuou na televisão que pagar salários (justos) é luxo, é desperdício.
Houvesse maior senso ético e seria sumariamente demitido."
Nestor Reinoldo Muller (São Paulo, SP)

Serenidade
"Congratulo-me com a Folha pela maneira serena como vem tratando a questão da aposentadoria dos membros do Poder Judiciário e dos militares."
Alípio Pires Castello Branco (Belo Horizonte, MG)

Violência contra o policial
"Com relação ao artigo 'Dicotomia estrutural e violência policial' (24/9), do ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Benedito Domingos Mariano: o sr. ouvidor entende que '80% dos casos de homicídio registrados na Ouvidoria da Polícia' são devidos à especial violência dos policiais militares.
Escapou-lhe um fator importante: é a Polícia Militar que se envolve com o policiamento ostensivo; escapou-lhe o número de mortos e feridos e invalidados entre os policiais militares em ação e qual a porcentagem respectiva."
Orestes Barini (São Paulo, SP)

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