São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 1997
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Ipea espera crescimento de 4% para PIB

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão do Ministério do Planejamento, reviu de 3,8% para 4% sua estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro este ano.
O PIB mede o total de riquezas produzidas pelo país. Em 96, cresceu 2,97%.
A indústria de transformação cresceu 0,6% em relação a agosto e 5,1% sobre setembro de 96.
Sobre a construção civil, Considera disse que foi detectado crescimento dos lançamentos imobiliários em São Paulo, o que resulta em encomendas à indústria nos meses seguintes.
Considera disse que um crescimento econômico de 4% ao ano hoje equivale a 5,5% nas décadas de 60 e 70, quando, segundo ele, a média histórica de crescimento do PIB ficou na casa dos 6%.
A diferença é que naquele período a população brasileira cresceu a uma média de 2,5% ao ano, segundo Considera. Agora, ela cresce a uma média de 1,34% ao ano.
Com a população crescendo menos, a riqueza total precisa também crescer menos para gerar o mesmo nível de aumento na renda per capita, que representa a média por pessoa do valor total da riqueza.
Reversão
Considera disse que o Ipea vinha desde o início do ano prevendo um crescimento de 4% para o PIB este ano. Em agosto, quando os números do crescimento da indústria apresentaram queda de 1,1%, o modelo de análise do Ipea acusou uma oscilação negativa de 0,2 ponto percentual para o PIB.
Considera disse que foi contra seguir a indicação do modelo por entender que havia uma tendência de reversão posterior.
Em 96, os números foram de 2,5% da indústria; 3% da agropecuária; e 3,4% dos serviços.
Para Considera, além de maior, o crescimento deste ano será mais consistente que o do ano passado porque está assentado na produção (indústria e agropecuária). Em 96 foi liderado pelos serviços.

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