São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 1997
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Folha debate transporte coletivo

MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Folha promove hoje à noite o debate "Os problemas do transporte coletivo em São Paulo".
Participam Wilson Maciel Ramos, presidente-executivo da Transurb (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo); José Célio dos Santos, presidente do Sindilotação (Sindicato dos Proprietários de Lotações de São Paulo); e Francisco Christovam, presidente da SPTrans (São Paulo Transporte), empresa pública que gerencia o transporte coletivo por ônibus na cidade.
O evento será realizado às 19h30, no auditório da Folha, que fica na alameda Barão de Limeira, 425, 9º andar, Campos Elíseos, na região central da cidade.
Os interessados em participar podem fazer reservas pelo telefone (011) 224-3473, entre 14h e 17h.
O presidente-executivo do Transurb, Wilson Maciel Ramos, 50, afirma que a maior responsável pela polêmica no transporte paulistano é a prefeitura.
"As empresas são vistas como vilãs da história, mas apenas operam o sistema. Operacionalmente a coisa funciona bem", diz. "Se há problemas é no planejamento."
Ramos afirma que os ônibus perderam de 25 a 30 milhões de passageiros por mês -destes, 20 milhões estariam nos lotações.
Ele defende a utilização de "veículos menores que os ônibus", mas é contra o transporte alternativo desregulamentado, como os lotações clandestinos.
Francisco Christovam, presidente da SPTrans, nega que tenha havido redução na frota circulante de ônibus por causa dos perueiros.
Ele confirma, porém, que no último ano houve uma queda na demanda de cerca de 20 milhões de passageiros por mês.
Os perueiros, segundo ele, seriam responsáveis por um quarto dessa queda. Ou seja, 5 milhões de passageiros por mês.
José Célio dos Santos, presidente do Sindilotação, afirma que o projeto que mantém os 2.700 perueiros já cadastrados não serve para nada se não houver uma regulamentação do serviço de lotação.
"Só serve para enfraquecer o movimento. Precisamos estudar a legalização dos clandestinos."
(MRH)

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