São Paulo, sábado, 25 de outubro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Rio Grande do Sul vai sediar instituto de energia nuclear Instalação pode ser embrião de usina na região CARLOS ALBERTO DE SOUZA
A informação foi dada ontem por telefone à Agência Folha pelo coronel Mário Andreuzza, da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), subordinada à Presidência da República. Andreuzza declarou que a transferência, já autorizada, pode ser o embrião da implantação de uma usina nuclear no Sul. O coronel disse acreditar que a instalação de uma usina nuclear no Estado gaúcho não ocorreria antes do ano 2020. "Seria uma loucura se isso ocorresse", disse ele, para quem a prioridade deve estar voltada para as usinas de Angra, no litoral norte do Estado do Rio. Reator nuclear Com a transferência do instituto, segundo Andreuzza, funcionará na UFRGS um reator nuclear de 0,5 megawatt, empregado para experimentos na área médica, industrial e agrícola. Um reator de potência, como o de Angra 2, é de 1.300 megawatts. O coronel disse ser desejável a descentralização da área nuclear no país, concentrada atualmente na região Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais). Ele disse que um dos benefícios da descentralização será a formação mão-de-obra nova. A interpretação "equivocada", conforme Andreuzza, sobre a transferência do Instituto de Pesquisa Especial do Exército para o Rio Grande do Sul gerou o protesto de ambientalistas gaúchos. Ambientalistas Eles entenderam que seria instalada, imediatamente, uma usina nuclear no Estado, onde a militância ecológica contra esse tipo de exploração energética é forte. No final da tarde, professores de engenharia nuclear da universidade federal gaúcha convocaram uma entrevista para o início da noite para falar do assunto. Texto Anterior: Perueiros voltam à ativa após dia "D" na Câmara Próximo Texto: Médico quer melhor relação com paciente Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |