São Paulo, sábado, 25 de outubro de 1997
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USP faz 1ª votação para escolher reitor

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

A USP (Universidade de São Paulo) abriu anteontem o processo para a escolha do novo reitor, que termina no fim de novembro.
O "colegião" (um grupo de 1.396 pessoas formado por professores, alunos e funcionários) escolheu os oito nomes que vão disputar a vaga.
São eles a atual vice-reitora, Myriam Krasilchik, que ficou em 1º lugar (469 votos), o professor-titular do Instituto de Ciências Biomédicas Erney de Camargo (440), o pró-reitor de cultura e extensão, Jacques Marcovitch (419), o diretor do Instituto de Física, Gil de Marques (314), o pró-reitor de graduação, Carlos Dantas (272), e o pró-reitor de pós-graduação, Adolpho Melfi (271).
Em 7º e 8º lugares, e bem atrás em votos, vieram Walter Colli (20), diretor do Instituto de Química, e o professor-titular Joaquim de Camargo Engler (14), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.
A soma dos votos não dá o total dos votantes, porque cada "eleitor" podia votar em três nomes diferentes. Dos 1.396, apenas 1.166 "eleitores" votaram, segundo a assessoria de imprensa.
A próxima etapa ocorre no dia 6 de novembro. O "coleginho" (um grupo de 180 pessoas formado por membros do Conselho Universitário e representantes dos quatro conselhos centrais) escolhe 3 dos 8 indicados anteontem.
Por fim, o governador Mário Covas indica um dos três até o fim de novembro. O escolhido terá um mandato de quatro anos. Oficialmente, o mandato do atual reitor Flávio Fava de Moraes acaba no dia 25 de novembro.
Os seis professores que receberam mais votos no "colegião" já haviam se manifestado publicamente como concorrentes ao cargo de reitor.
Mas, como o pré-requisito para o cargo é ser professor-titular, os cerca de 700 docentes que estão nessa fase da carreira podiam ser candidatos.
Na quarta-feira, a Adusp (Associação dos Docentes da USP) fez uma prévia, não reconhecida pela universidade, com os professores. Segundo a pesquisa, o vencedor seria Erney de Camargo, que ficou em segundo no "colegião". Depois, viria Jacques Marcovitch, o terceiro no "colegião". Pela prévia, a vice-reitora seria a terceira.
Os dois primeiros colocados na votação representam correntes divergentes na USP. A vice-reitora, Myriam Krasilchik, quer levar adiante a administração de Fava de Moraes. "Queremos manter as conquistas dessa gestão."
Já Erney de Camargo é contrário a algumas das medidas tomadas pelo atual reitor, como o fechamento da Cidade Universitária. Se for indicado para a reitoria, ele irá abrir o campus.

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