São Paulo, sábado, 25 de outubro de 1997
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Hong Kong se recupera, mas Coréia cai

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Bolsa de Hong Kong se recuperou ontem da queda de 10,4% registrada no dia anterior e fechou com alta de 6,89%.
No entanto, a recuperação do índice Hang Seng, que terminou o dia com 11.144,34 pontos, não foi suficiente para estimular as Bolsas da Coréia, que despencou, e de Nova York, que voltou a cair.
A Bolsa coreana, que havia resistido ao efeito dominó de anteontem provocado pela queda em Hong Kong, caiu 5,5%, a maior baixa em uma única sessão na história do mercado financeiro do país.
No outro lado do mundo, o Dow Jones, principal indicador da Bolsa de Nova York, caiu mais 1,69% e fechou em 7.715,16 pontos. Na quinta, ele havia recuado 2,33%.
A melhor recuperação foi da Bolsa de Tóquio, que encerrou o dia com alta de 1,2%.
O efeito "Hong Kong", porém, continuou atingindo os mercados mundo afora.
Cingapura (-1,94%), Sydney (-2%) e Jacarta (-0,75%) foram alguns dos mercados que não conseguiram se reerguer da queda do dia anterior.
Japão
A queda persistente ilustra a inquietação mundial com os países do Sudeste Asiático, presos em uma turbulência monetária desde julho último.
Uma das preocupações é com o impacto que essa turbulência terá sobre a economia do Japão, grande exportador de produtos e de capital para os países da região.
"As perspectivas no curto prazo em Tóquio dependem muito do que ocorrer em Hong Kong", comentou um corretor europeu que opera no Japão.
"Se a instabilidade continuar, o índice Nikkei talvez possa cair abaixo de 17.000 pontos."
Mas o ministro das Finanças do Japão, Hiroshi Mitsuzu, tratava ontem de acalmar os ânimos. "A tendência de reativação econômica japonesa segue intacta e os dados fundamentais de nossa economia são sólidos", afirmou.
Câmbio
Apesar da queda nas Bolsas, as principais moedas asiáticas permaneceram estáveis na véspera do final de semana, especialmente o won sul-coreano, o ringgit malaio, o peso filipino e o baht tailandês, que seguem enfraquecidos por causa da crise econômica na Tailândia.

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