São Paulo, sábado, 25 de outubro de 1997
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Segurança acusa promotor

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Paulo Roberto Perondi, segurança do Corinthians que havia dito que membros da Gaviões da Fiel participaram do ataque ao ônibus do clube, há dez dias, reclamou do fato de a apuração da agressão estar sendo feita pelo promotor Fernando Capez.
Segundo Perondi, Capez é diretor do Corinthians, o que poderia atrapalhar sua isenção no caso.
O segurança, que não depôs anteontem, diz estar sendo pressionado para mudar o teor de seu depoimento, que deve ser contra a Gaviões. "Vou falar o que já disse para a imprensa, não vou mudar uma vírgula, apesar de tantos interesses envolvidos."
Capez classificou as insinuações de que teria interesse no caso, pela suposta participação na diretoria corintiana, como "uma baixaria".
"Já fui homenageado pelo Corinthians, como fui pela Lusa e outros clubes", disse ele.
Perondi justificou sua falta ao depoimento pelo fato de ter ficado preocupado com possível novo ataque da torcida aos jogadores do Corinthians.
"Depois da derrota para o Fluminense, o clima ficou tenso, e eu me preocupei com a segurança do Parque São Jorge. Além disso, tinha problemas particulares para resolver. Quando for intimado de novo, eu vou."
Ontem, quem deveria depor era Douglas Deungaro, presidente da Gaviões da Fiel.
Ele alega inocência no ataque ao ônibus do Corinthians. "Posso garantir que não partiu da gente. Somos uma organização pacífica. Nosso protesto nunca foi para machucar ninguém", disse ele.
(JCA)

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