São Paulo, sábado, 25 de outubro de 1997 |
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Onda sertaneja é reação ao rock
LUÍS PEREZ
A opinião é do professor de linguística da USP Luiz Tatit, 45, que também é músico. "O sertanejo apareceu no momento em que o rock tomava conta das rádios. E o rock entra em conflito com uma abordagem mais romântica", diz. Para ele, a queda na vendagem de alguns artistas é uma mostra de que não existe mais tanta necessidade do consumo de músicas passionais. Hoje, segundo ele, há mais diversidade nos gêneros. "A tendência é de arrefecer o impulso inicial, mas não acabar. O que pode é, de tempos em tempos, ser mais ou menos revitalizado." Tatit diz ainda que deixou de ser importante conservar laços com a música sertaneja de duplas mais antigas. "O que existe agora é uma nova música romântica. Esses rapazes são supermodernos." Essa "modernidade" não combina com o professor de filosofia Celso Favaretto, 56, da USP. "Gosto mesmo é da sertaneja tradicional. A que está aí é só uma variedade da música de massa." O professor também não sabe se existe ou não a tendência de esse gênero acabar. "Acho que não. É muito consumido. Eu, por exemplo, ouço muito, mas indiretamente, pois não gosto." (LPz) Texto Anterior: Gian & Giovani entraria na 'troca' Próximo Texto: Amagatsu faz ritual sofisticado em "Unetsu" Índice |
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