São Paulo, domingo, 26 de outubro de 1997
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Nahas volta ao Brasil e diz que sentença de 24 anos é injusta

Megainvestidor se apresentará à Justiça na terça

WALTER WIEGRATZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O megainvestidor Naji Nahas diz ao chegar ao Brasil que a sentença que o condenou a 24 anos e oito meses de prisão é injusta, que ele é a vítima e o único perdedor com a quebra da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro em 89.
Ao mesmo tempo em que se diz inconformado com a sentença proferida pela 25ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro, Nahas reafirma sua esperança na absolvição.
Segundo ele, o culpado é outra pessoa. "A manipulação das regras do mercado foi feita por Eduardo Rocha Azevedo (na época, presidente da Bolsa de São Paulo)", disse.
Em sua acusação, Nahas afirma que Azevedo não tinha interesse de proteger o mercado e sim, ao quebrar o próprio Nahas, atingir também a Bolsa carioca.
Nahas insiste em dizer que agiu dentro das regras, "fui financiado pelos maiores bancos do mundo. Bancos com os melhores departamentos de análise".
Ele também insiste em dizer que não houve investidores lesados, nem mesmo os pequenos. "Perdi mais de US$ 300 milhões com a quebra da Bolsa", afirmou.
Na terça-feira Nahas se apresenta à Justiça no Rio de Janeiro e terá julgado o seu pedido de habeas corpus.
Para Voltaire Gaspar, advogado, de Nahas, a sentença pode ser anulada.
Em 30 dias, a 25ª Vara Federal do Rio de Janeiro, decidirá se ele pode recorrer da sentença que o condenou em liberdade.

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