São Paulo, domingo, 26 de outubro de 1997
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Atendimento será especial

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O número crescente de gestantes com HIV está levando a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo a apressar um programa de atendimento voltado para elas.
A proposta é preparar algumas maternidades para recebê-las, com medicação adequada e profissionais treinados. Em São Paulo, por exemplo, seriam seis. Em cidades médias, haveria duas. Até agora São Paulo só tem duas, com leitos insuficientes.
Os postos de saúde, que fazem pré-natal, passariam a trabalhar com essas maternidades, fazendo testes nas gestantes e informando aquelas que têm HIV. Assim, ao dar entrada no hospital, a equipe médica já saberia que se trata de uma soropositiva.
Wilza Villela, médica da área Saúde da Mulher da Secretaria da Saúde, diz que o treinamento dos profissionais já está sendo feito. A falta de leitos exigiria mais tempo. Hoje, 20% das mulheres que dão à luz pela rede pública em São Paulo não encontram vagas.
"A política da secretaria é não separar leitos, o que criaria regimes de isolamento para soropositivas e levaria à discriminação."
Melhor atendimento à saúde foi um dos temas do 1º Encontro Estadual de Mulheres com HIV e Aids, de Juquitiba. Neste final de semana, outro encontro está acontecendo em Belo Horizonte.
Entre as reivindicações, as mulheres pedem garantia de estabilidade para aquelas que estão retornando ao trabalho depois de um período doente.
Outro alerta é para o crescimento da Aids entre adolescentes grávidas. "São as mais desinformadas e as mais distantes dos serviços de saúde", diz Nair Brito.
(AB)

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