São Paulo, domingo, 26 de outubro de 1997
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Franquias exigem dedicação exclusiva

DA REPORTAGEM LOCAL

O funcionário que decide ser empresário sem largar o emprego pode esbarrar em dificuldades ao tentar abrir uma franquia. Há redes que exigem dedicação exclusiva do franqueado.
A Vip Lavanderia determina, no contrato de adesão, que o candidato se prontifique a participar integralmente do negócio.
Segundo Othon Barcellos, 28, diretor de franquias, a atividade exige que o franqueado esteja gerenciando pessoalmente a loja.
A Sir Speed (franquia de gráfica rápida) segue os mesmos critérios. "Após dois anos, quando tudo já estiver mais sistematizado, o franqueado pode até se afastar um pouco do negócio", diz Jack Burges, 48, diretor-executivo da rede.
Ele conta que chegou a essa conclusão a partir de sua própria experiência. Antes de trabalhar na rede, Burges foi, ao mesmo tempo, diretor de uma empresa de assistência médica e dono de um minigolfe. "Não consegui levar os dois. O dia ficou muito curto, e acabei não fazendo nada bem feito."
Para adquirir uma franquia do Fran's Café também é preciso assinar um contrato de exclusividade de trabalho por, no mínimo, oito horas diárias.
Só que os contratos mais antigos não tinham essa cláusula, segundo Rubens Escobar Freire, 48, diretor de franquias. "Mesmo que o novo franqueado tenha dupla jornada, ele não será penalizado se conseguir cuidar bem do negócio."
O bancário Antonio Caterucci Netto, 39, comprou uma franquia do Fran's Café há cerca de nove meses e diz que está conseguindo administrar o tempo para os dois.
Segundo ele, ainda não é possível deixar o emprego porque não fatura o suficiente com a loja.
Andreas Miller, 24, master-franqueado da Pegastar (franquia de produtos esotéricos), diz que a matriz suíça não impõe restrições.
"Como também é possível trabalhar em casa, não existe problema quando o franqueado tem outro emprego", conta.

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