São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997
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Governo não debate ensino pago

BETINA BERNARDES
ENVIADA ESPECIAL A SÃO LUÍS

O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, jogou para 2002 ou 2003 -ou seja, para o fim do próximo mandato presidencial ou início do seguinte- a discussão sobre introduzir o ensino pago em universidades federais.
Ele negou que o assunto seja discutido neste governo e afirmou que a prioridade agora é colocar na escola os 2,7 milhões de crianças de 7 a 14 anos que hoje estão fora. Souza está viajando pelo Nordeste para o lançamento da campanha "Toda Criança na Escola".
"Esse assunto (ensino pago) não faz parte da agenda e só atrapalha. O país vai ter que discutir isso daqui a cinco ou seis anos", afirmou.
Em entrevista à Folha, o presidente do Banco Central, Gustavo Franco, defendeu a introdução do ensino pago nas universidades federais e afirmou que, assim, haveria mais dinheiro para o ensino básico.
O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Abílio Baeta Neves, já disse que há estudos mostrando que o montante de recursos que entrariam seriam suficientes para cobrir apenas 10% do orçamento das instituições.

A jornalista Betina Bernardes viajou a convite do Ministério da Educação

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