São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997 |
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Disputa pela Conepar fica mais acirrada
MAURICIO ESPOSITO
A Conepar, depois da intervenção do Banco Central (BC) no grupo Econômico, será leiloada até o final de dezembro. O processo de venda está sendo conduzido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O consórcio privado contratado pelo BNDES para fazer a avaliação financeira da Conepar e modelar a venda já havia recebido 22 manifestações oficiais de interesse na holding. No entanto o processo foi tumultuado na semana passada quando a Odebrecht e o grupo Ultra anunciaram que tinham adquirido o direito de preferência sobre as ações do grupo Econômico na Conepar. As duas empresas compraram esse direito de preferência em setembro de 1995 do Banco American Express, que tem 36% do capital votante da Conepar. O BNDES vai tentar garantir a realização do leilão sem que haja preferência, argumentando que o exercício desse direito está limitado a 49% do capital da Conepar, segundo um acordo de acionistas da holding. Odebrecht e grupo Ultra, entretanto, afirmam que a limitação só é válida se o direito de preferência fosse exercido por uma empresa estrangeira, como era o caso do Banco American Express. O controle acionário da Conepar garante aos principais grupos petroquímicos do país, indiretamente, o controle da Copene, a maior central petroquímica do Brasil. Segundo apurou a Folha , o Odebrecht começou a negociar a compra do direito de preferência do Banco American Express antes mesmo da intervenção o BC no grupo Econômico. O negócio foi fechado diretamente pela equipe de Emílio Odebrecht em Nova York, sede do Banco American Express. O acordo foi criticado duramente pela Dow, que pode deixar de disputar o leilão da Conepar caso a preferência seja mantida para um dos interessados. (ME) Texto Anterior: Área petroquímica tende a se concentrar Índice |
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