São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997
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Echo and the Bunnymen domina a correspondência

ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR
ESPECIAL PARA A FOLHA

"Dá-me, ó dor, tua mão. Vamo-nos escondendo." Isso é Charles Baudelaire (1821-1867), citado pela Lúcia Sano, leitora querida desta coluna. Lúcia não tem mais do que 15 anos e escreve oniricamente bem.
Hoje, como já deu para perceber, é dia de responder às cartas. Vamos lá!
Muita gente escreveu por causa do Echo and the Bunnymen, que lançou há pouco "Evergreen".
A Corina Camizão (São Paulo, SP), por exemplo, decreta: "Vida longa aos anos 80!". O(a) misterioso(a) Shu S. diz que gostar dos Bunnymen é a única coisa que temos em comum.
Marcelo Bressanin (São Paulo, SP) também cita o Echo como um de seus preferidos. Ele lamenta que a garotada de hoje não se ligue em música romântica, mas se consola com um trecho de letra do Echo: "Nothing lasts forever" (nada dura para sempre).
E mais Bunnymen: Roger Parker (São Vicente, SP) gosta dos caras, mas não da coluna. Paciência.
A Renata Castilho (Osasco, SP), que adora Titãs, lembra de cartas enfurecidas que me mandou e reconhece que exagerou um pouco.
Michele Pahl (Joinville, SC) é outra que revela ter ficado com raiva de vários textos, mas acha que agora melhorou. Ela, que escreve com elegância, gostou de quando falei sobre Echo (de novo!), Clash e Beach Boys.
Cláudia Cestarolli (São Paulo, SP) pergunta por que nunca trato do Rush. É que progressivo não tem muito a ver com este espaço.
Agora escute esta: o Marcelo Silva Costa (Taubaté, SP) conta que, inspirado pela coluna sobre o festival inglês V'97, resolveu mandar um e-mail para um brotinho de quem ele gosta, mas não cruzava fazia um tempo. Espero que tenha rolado.
Devanir Magi (Santo André, SP) adorou quando escrevi sobre um show do Drugstore em Londres. São muitas as cartas com elogios, mas por falta de espaço vão ficar para a próxima.
Agora, os bronqueados.
Franco Omori pergunta se voltei do Rio para SP porque fui demitido. A mesma dúvida tem Marcelo Marques (Arujá, SP). Não.
Fernando R. reclama de eu criticar Engenheiros do Hawaii sem conhecer direito a banda. É verdade.
"Você é simplesmente ridículo", diz Jairo Siqueira (Passos, MG). Da mesma cidade, Eduardo da Silva reclama de meu "preconceito contra a MPB".
Fã de rock progressivo, Daniel Gomes (Botucatu, SP) diz ter "o saudável hábito de não ler a coluna". Ana Paula Mira (Curitiba, PR) e Armando Fogerty (Juiz de Fora, MG) não aceitam meu desinteresse por Rubem Fonseca.
Eduardo Ramos (Piracicaba, SP) me qualifica de "antinacionalista".
Só para não encerrar em clima pesado, vem a carta do Dagoberto Donato, que vai estudar jornalismo por influência minha e de outros dois jornalistas: Andrés Forastieri e Barcinski.
Dagoberto, não sei se te cumprimento ou dou pêsames. De qualquer modo, um abração.

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