São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997
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Albright alerta China para risco de protestos

Presidente Jiang chega aos EUA

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A secretária de Estado norte-americana, Madeleine Albright, disse que o presidente da China, Jiang Zemin, que deve ter chegado ontem ao Havaí, deve presenciar protestos contra seu governo.
"Se eles não estão preparados para isso (os protestos), deveriam estar", afirmou Albright ontem em entrevista à rede de TV NBC.
Manifestações estão previstas para ocorrer em todos os locais que serão visitados por Jiang, que deve permanecer nos EUA por oito dias. Além do Havaí, o presidente chinês deve ir a Washington, onde tem está previsto um encontro com o presidente Bill Clinton, Filadélfia, Nova York, Boston e Los Angeles.
São esperados protestos de ativistas pelos direitos humanos, de defensores da autonomia do Tibete e de Taiwan, de grupos ambientalistas, de entidades sindicais e de militantes antiaborto.
As autoridades chinesas pediram que seus colegas norte-americanos façam o possível para proteger o presidente da China de situações embaraçosas. Jiang expressou preocupação semelhante: "Fui convidado pelo presidente Bill Clinton. Assim, cabe aos EUA manejar esses eventos".
O governo chinês tem tentado amenizar os ânimos de seus opositores e atrair a simpatia da opinião pública norte-americana. Anteontem, Jiang autorizou seu enviado à ONU a aderir à Convenção Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais -o tratado prevê a proteção de cidadãos contra a discriminação e procura garantir uma justa distribuição de renda. A atitude, apesar de elogiada, foi classificada como tímida.
"Sem direitos políticos e civis, indivíduos, famílias e comunidades são incapazes de proteger seus outros direitos", disse Xiao Qiang, da organização Direitos Humanos na China.
China e EUA trabalham para um estreitamento de seus laços. Os EUA querem uma maior penetração de seus produtos na China. A China, como objetivo imediato, busca cooperação nuclear.

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