São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Empresários e militares fazem acordo para mercado externo

Empresas brasileiras poderão vender para o exterior

RUI NOGUEIRA
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Militares e empresários vão selar hoje em Brasília uma permuta informal de interesses. A aliança acontece no seminário "A indústria e a defesa nacional" e tem como cenário, o dia todo, o ambiente civil da sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
O acordo prevê a abertura para as empresas brasileiras do mercado externo de defesa (de fardas, alimentos e armas a sistemas de comunicação e componentes eletrônicos) com garantia técnica das Forças Armadas.
O incentivo dos militares para que a indústria nacional desenvolva produtos de qualidade para um mercado mundial que, depois da Guerra Fria, voltou a crescer -US$ 36,9 bilhões em 95 e US$ 39,9 bilhões em 96- tem duas contrapartidas.
As Forças Armadas estão dispostas a transformar os seus adidos militares, espalhados por dezenas de embaixadas mundo afora, em agentes comerciais dos produtos da indústria nacional.
Aos empresários, os militares acenam ainda com a possibilidade de dar preferência às empresas brasileiras nas compras dentro dos programas de reequipamento das Forças Armadas. O Plano Plurianual do governo FHC, que programa os investimentos até 1999, prevê investimentos de até R$ 5,6 bilhões na área de defesa.
Para o general Valter da Costa, da subchefia de Logística e Mobilização do Estado-Maior das Forças Armadas, é importante incentivar a indústria nacional porque "o crescimento econômico e político do Brasil deve ser respaldado pela área militar".

Texto Anterior: Um banho de sangue
Próximo Texto: "Sem ódio", Gabriel defende união para governar Estado
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.