São Paulo, quarta-feira, 29 de outubro de 1997 |
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Aprovado aprofundamento da calha do rio Tietê em São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) aprovou anteontem a realização do aprofundamento da calha do rio Tietê, uma das principais obras antienchente da administração Mário Covas na cidade de São Paulo.O rebaixamento de 2,5 metros da calha será realizado em uma extensão de 16 km, entre o Cebolão (zona noroeste) e o lago da barragem Edgar de Souza (zona leste). O valor total do projeto é de R$ 220 milhões, sendo que 75% da obra será financiada pelo governo japonês. O resto será pago pelo governo estadual. A previsão inicial da Secretaria de Estado dos Recursos Hídricos para a conclusão do rebaixamento é de 24 meses. O governo acredita que as obras tenham início ainda este ano. Na votação do Consema, foram 19 votos a favor, 3 contra e 3 abstenções. Na prática, a autorização da entidade ambiental permite a assinatura do contrato para o início das obras, apesar de regimentalmente ser necessária a concessão da licença prévia pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Participam da licitação 16 empresas. Em 15 dias devem ser abertos os envelopes. Ganha a licitação quem apresentar a melhor proposta técnica e o melhor preço. Ambientalistas criticam o aprofundamento da calha por acreditar que a obra deveria fazer parte de uma política ampla de combate às enchentes. As prefeituras de Salto e Itu também reclamam do projeto que foi aprovado. Esses municípios, que ficam na região do médio Tietê, temem que o rebaixamento da calha cause um acúmulo de detritos nas águas do rio que chegam à região. O diretor de engenharia e obras do Departamento de Águas e Energia Elétrica, Paulo Nepomuceno, nega que o aprofundamento vá causar esses reflexos. Texto Anterior: Estações fechadas têm novo dia de tumulto Próximo Texto: Covas anuncia para abril de 98 a entrega da Carvalho Pinto Índice |
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